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Eu digo não para a violência contra as mulheres! E você?

Não é preciso que uma mulher seja agredida fisicamente, para estar vivendo violência. Muitas vezes, a violência acontece por meio de palavras, que afetam comportamentos e autoestima, gerando problemas emocionais e psicológicos.

É sempre bom lembrar que quando uma mulher é assassinada ou sofre espancamento, é uma violência física que não começou ali, mas, com certeza, já passou por uma violência psicológica, que é aquela violência da humilhação, do xingamento, de dizer que a mulher é burra, que é incapaz de sobreviver sozinha ou criar as(os) filhas(os).

A violência sempre mobiliza muitas memórias, emoções e sentimentos dolorosos entre as mulheres e, por isso, não pode permanecer silenciada e impune. É preciso meter a colher! A violência sexista é qualquer conduta, ação ou omissão que discrimine, agrida, maltrate ou obrigue as mulheres a fazerem algo (ou deixarem de fazer) pelo simples fato de serem mulheres.

Luta coletiva

Pensamos o corpo como primeiro território, portanto, defender cada um dos corpos das mulheres é mais que uma luta de sobrevivência pessoal, é uma luta coletiva. Queremos todas livres, autônomas e vivas. Nossos corpos são cheios de vida, memória e sensibilidade, mas também são condicionados pelas dores e explorações que se expressam em nossos lares e em nossas comunidades.

A Lei Maria da Penha é resultado das lutas dos movimentos feministas e de mulheres. Esta lei tem o objetivo de punir com mais rigor os agressores responsáveis pelos atos de violência contra as mulheres, no âmbito doméstico e familiar. A lei reconhece, pelo menos, cinco tipos de violência que podem e devem ser denunciadas, para que se adotem medidas de proteção das vítimas e punição dos agressores, são elas:

Violência física: ação que ofende, prejudica o corpo ou a saúde da mulher (tapas, socos, empurrões, beliscões, puxão de orelha e de cabelo, arranhões…);

Violência psicológica: aquela que causa dano emocional, diminuição da autoestima e prejudica o desenvolvimento pessoal (ameaças, constrangimentos, perseguições, insultos, chantagem, ridicularização…);

Violência sexual: qualquer conduta do agressor que obrigue a mulher a assistir, manter ou participar de relação sexual que ela não deseja;

Violência patrimonial: atitude que reter, retirar ou destruir partes ou todos os objetos das mulheres, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, direitos ou dinheiro;

Violência moral: quando o agressor atinge a honra e a imagem da mulher, com calúnia, difamação ou injúria.

Quando a sociedade caracteriza as mulheres como frágeis, meigas, choronas, está limitando melhores oportunidades e impondo desigualdades. As estatísticas confirmam essa posição desigual. Do ponto de vista econômico, as mulheres são mais pobres que os homens e, considerando as dimensões étnicas e raciais, as mulheres negras, não só recebem menos que os homens, como também menos que as mulheres brancas, tendo ainda menos acesso à propriedade da terra.

Autonomia e liberdade

Lutar pela autonomia e liberdade das mulheres significa defendermos que as decisões sobre os rumos de suas vidas sejam tomadas por elas próprias, considerando as expectativas sociais mas, ao mesmo tempo, decidindo por sua própria avaliação, o que é melhor fazer a cada situação que a vida apresenta.

Estudar ou não; formar-se nisso ou naquilo; manter-se agricultora; ter participação política no sindicato e nos movimentos; querer e lutar pela titularidade da terra; produzir de forma agroecológica… se para os homens estas podem ser simples escolhas de vida, para as mulheres, cada opinião declarada, cada decisão, representa um marco na luta por autonomia e liberdade, afinal, ao longo da história, essas decisões sobre os rumos de suas próprias vidas foram constantemente negadas. A ideia do patriarcado é que os homens sejam considerados a referência e os donos do poder sobre as mulheres e a família, e em toda a sociedade.

Para o feminismo, autonomia e liberdade são sempre duas ideias que andam juntas. Para uma mulher agir com autonomia, ela precisa ser livre para pensar por si mesma e pensar em si. Ela precisa estar liberta das imposições da sociedade, que determinam o que deve fazer e como se comportar.

Fonte: Cadernos de debates: desenvolvimento sustentável na perspectiva das mulheres do campo, da floresta e das águas – Publicação da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (Contag)


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Passo Fundo realiza Conferência Municipal de Segurança Alimentar

No dia 19 de novembro de 2019 foi realizada a Conferência Municipal de Segurança Alimentar (COMSEA) em Passo Fundo/RS. O objetivo principal foi conhecer experiências que promovem a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no município.

Os participantes realizaram visitas em espaços escolares que estão desenvolvendo práticas no campo da alimentação saudável e ouviram relatos de professores e estudantes sobre os projetos realizados neste ano. Os locais visitados foram a Escola Municipal de Educação Infantil Padre Alcides, a Fundação Lucas Araújo e a Escola Municipal de Educação Infantil Toquinho de Gente.

Participaram da Conferência os representantes das entidades membro do COMSEA, entre as quais o Cetap, além de representantes do Conselho de Alimentação Escolar, do Conselho de Saúde, da Secretaria de Cidadania e Assistência Social, da Secretaria da Saúde, da Secretaria do Interior, da 7ª Coordenadoria Regional de Educação e estudantes da Universidade de Passo Fundo.

Para Lauro Foschiera, representante do Cetap e atual presidente do COMSEA, a avaliação geral indicou que este foi um momento importante para olharmos para nossas referências e pensarmos em ações futuras que consolidem ainda mais a frente em defesa de uma alimentação de qualidade.

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Material da Campanha pela Equidade de Gênero é distribuído no Encontro Ampliado da Rede Ecovida

O Cetap, em parceria com a Rede Terra do Futuro – Framtidsjorden, está promovendo uma campanha pela equidade de gênero e pelo fim da violência contra as mulheres. A Terra do Futuro é uma rede internacional que apoia iniciativas de desenvolvimento socialmente justas e ecologicamente sustentáveis. Entre as ações promovidas, estão sendo feitos esforços para fortalecer o papel das mulheres nas organizações e nos espaços de trabalho e geração de renda.

Nos dias 15, 16 e 17 de novembro ocorreu o Encontro Ampliado da Rede de Agroecologia Ecovida, na cidade de Anchieta, em Santa Catarina, reunindo mais de 800 pessoas dos três estados do sul do Brasil. Foram realizadas diferentes ações na perspectiva da promoção da agroecologia, abordando diversas temáticas, dentre elas, a equidade de gênero teve um significativo destaque, visto que o assunto foi abordado no seminário de abertura do evento, o qual foi construído pelo Grupo de Trabalho de Gênero da rede.

O material produzido pelo Cetap, em parceria com a Rede Terra do Futuro, foi distribuído durante os três dias de evento e a temática da violência contra as mulheres foi pautada de forma especial em uma oficina do encontro. As intervenções que ocorreram no encontro foram de grande valia para visibilizar essa pauta e as ações que têm sido desenvolvidas por mulheres ecologistas.

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Evento apresenta produtos da sociobiodiversidade em Erechim

No dia 4 de novembro aconteceu mais um evento de divulgação dos produtos da sociobiodiversidade, especialmente das frutas nativas do Rio Grande do Sul. A atividade realizada no Moinho de Pedra, em Erechim/RS, reuniu donos de restaurantes, cantinas, confeitarias, pousadas e empreendimentos de comercialização de alimentos.

O objetivo é proporcionar que as unidades de processamento e os empreendimentos urbanos de elaboração e comercialização de produtos das frutas nativas possam divulgar e abrir novas perspectivas de comercialização para seus produtos. Através destes encontros, busca-se aproximar quem produz, processa, comercializa e compra, não só para gerar renda, mas também para, gradativamente, ampliar a sensibilização do público urbano sobre a importância da conservação ambiental, através do uso sustentável da vasta diversidade vegetal presente no Rio Grande do Sul.

O evento contou com a presença de 25 pessoas e foi promovido pela Cadeia Solidária das Frutas Nativas do RS, tendo como organizadores o Cetap (Centro de Tecnologias Alternativas Populares), o empreendimento Encontro de Sabores e o CAPA (Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia). Este projeto conta com o apoio da Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS) e da RGE Distribuidora de Energia. As atividades de divulgação dos produtos e fortalecimento das unidades produtoras também conta com o apoio do Ecoforte – Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica.

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Oficina ajuda agricultores a realizar mapeamento de potencial econômico de agrofloresta

No dia 27 de agosto aconteceu mais uma oficina para qualificação do processamento de frutas nativas, dando sequência a um processo formativo que vem sendo desenvolvido dentro do Projeto Ecoforte. Um grupo de agricultores que atuam na produção, através do manejo de agroflorestas, além de agricultores que já realizam o processamento em agroindústrias na região realizaram uma visita na propriedade de Joel Moter, em São João da Urtiga, para realizar juntos um mapeamento da área e identificar sua capacidade produtiva.

A agrofloresta na propriedade possui árvores de araçá, guabiroba, butiá, além de mais de 200 pés de jabuticaba, incluindo algumas centenárias, que chamam a atenção pela sua imponência. O grupo concluiu que será possível produzir no local um volume de 300 quilos de frutas.

Com a assessoria técnica do Cetap, os agricultores puderam identificar as potencialidades financeiras do manejo desta área. Para tanto, foi discutida a necessidade de planejamento para a colheita, as melhores formas de acondicionamento das frutas e a logística para o transporte até uma unidade de processamento e a posterior entrega numa unidade de comercialização.


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Evento reúne empresários de restaurantes para divulgar possibilidades de uso e comercialização de frutas nativas

Nossas florestas têm muitos sabores. Das muitas frutas que conhecemos, você sabe quais são nativas do sul do Brasil? Os sabores regionais estão sendo cada vez mais valorizados. Além de ser uma importante fonte de renda, estes produtos destacam a cultura regional brasileira e sua produção contribui no fortalecimento da agroecologia.

No dia 26 de agosto, no Guaraipo Bar e Cozinha, em Farroupilha/RS, foi realizado um evento para oportunizar a empresários de empreendimentos gastronômicos da serra gaúcha conhecerem produtos de frutas nativas do Rio Grande do Sul, como guabiroba, uvaia, jabuticaba, araçá, butiá, pinhão entre outros disponíveis para a elaboração de pratos, sobremesas e bebidas. Durante o encontro foram degustadas diferentes bebidas e pratos elaborados com frutas nativas da nossa floresta.

Também participaram do encontro representantes de grupos de agricultores, assessores técnicos que acompanham os produtores e empreendimentos que trabalham com produtos do extrativismo sustentável. Entre os produtos expostos estavam camisetas de algodão orgânico tingidas com tinturas naturais oriunda de espécies nativas, assessórios de madeira para cozinha e sabonetes artesanais que utilizam na elaboração óleos, essências, hidrolatos e polpas de espécies nativas.

O objetivo é proporcionar que as unidades de processamento e os empreendimentos urbanos de elaboração e comercialização de produtos das frutas nativas possam divulgar e abrir novas perspectivas de comercialização para seus produtos. Através destes encontros, busca-se aproximar quem produz, processa, comercializa e compra, não só para gerar renda, mas também para, gradativamente, ampliar a sensibilização do público urbano sobre a importância da conservação ambiental, através do uso sustentável da vasta diversidade vegetal presente no Rio Grande do Sul.

O evento foi promovido pela Cadeia Solidária das Frutas Nativas do RS, tendo como organizadores o Cetap (Centro de Tecnologias Alternativas Populares), o empreendimento Encontro de Sabores e a equipe do Restaurante Vale Rústico. O Sebrae e o Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria da Região Uva e Vinho também ajudaram a divulgar a atividade. Este projeto conta com o apoio da Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS) e da RGE Sul Distribuidora de Energia. As atividades de divulgação dos produtos e fortalecimento das unidades produtoras também conta com o apoio do Ecoforte – Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica.

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Projeto estimula a emancipação, autonomia e empoderamento das mulheres

O Cetap está desenvolvendo um projeto em parceria com a Fundação Luterana de Diaconia – FLD, que visa a promoção do protagonismo e do empoderamento feminino através de encontros pautados na agroecologia e na educação popular.

Quatro grupos de mulheres assessorados pelo Cetap, com diferentes características, estão diretamente envolvidos nas atividades do projeto. Um dos grupos reúne mulheres urbanas, residentes na cidade de Passo Fundo, que participam do Coletivo Boia Bacana. Outro grupo se chama Flor de Pitanga, constituído por mulheres rurais de Itatiba do Sul que se organizaram para o processamento de alimentos ecológicos, buscando a geração de renda. Há ainda um grupo de mulheres rurais atendidas no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) de Itatiba do Sul que estão em situação de vulnerabilidade social e manejam um horto medicinal, além de um grupo de mulheres urbanas e rurais beneficiárias do CRAS de Lagoa Vermelha, que construíram uma horta comunitária, buscando no cultivo de alimentos uma estratégia de melhora da qualidade alimentar e de redução da insegurança alimentar da comunidade.

Durante o mês de julho foram desenvolvidas as primeiras atividades do projeto. Um intercâmbio possibilitou que as mulheres do Grupo Flor de Pitanga pudessem conhecer a organização de uma propriedade que possui uma agroindústria familiar, acompanhando como acontece o processamento de alimentos e a preparação para a comercialização.

Também foram realizadas duas oficinas sobre práticas de autocuidado e integração entre um grupo de mulheres atendidas pelos Centros de Referência em Assistência Social de Lagoa Vermelha e de Itatiba do Sul, além de uma oficina sobre protagonismo feminino e capacitação para o empreendedorismo e geração de renda, com as mulheres integrantes do Coletivo Boia Bacana.

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Cetap recebe a visita de representantes da Fundação Interamericana

O Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap), em parceria com a Fundação Interamericana (IAF), desenvolve ao longo dos últimos sete anos um projeto para estimular a produção agroecológica e promover a aproximação entre rurais e urbanos, através da defesa de alimentos saudáveis e do consumo consciente.

Nos dias 21 e 22 de junho, David Ivan Fleischer, representante da IAF no Brasil e Uruguai e Eduardo Baptista, responsável pela monitoria e acompanhamento dos projetos, estiveram em Passo Fundo participando de um encontro onde foram apresentados alguns dos resultados obtidos através desta parceria e feita uma avaliação das atividades desenvolvidas.

Na sexta-feira, dia 21, aconteceu uma reunião inicial com a equipe técnica e a coordenação do Cetap, onde também foi apresentado um relato sobre os intercâmbios institucionais realizados em 2018 e 2019. Na sequencia, o grupo realizou uma visita na Escola Municipal de Educação Infantil Padre Alcides, no Bairro Victor Issler, em Passo Fundo. A escola mantém uma parceria com o Cetap no desenvolvimento de atividades junto aos alunos, dentro da temática da Campanha de Promoção ao Consumo Consciente e Responsável, que recebe o apoio da IAF. De volta a sede do Cetap, representantes do Coletivo Boia Bacana, que congrega jovens universitários de diferentes áreas, além de interessados na temática da alimentação saudável, fizeram uma apresentação sobre o funcionamento do grupo e as atividades desenvolvidas.

No sábado, dia 22, um encontro ampliado contou também com a participação de agricultores ecologistas, consumidores urbanos, representantes de cooperativas, entidades parceiras, universidades e gestores públicos. A atividade aconteceu no Campus de Passo Fundo da Universidade Federal da Fronteira Sul.

Após uma breve retomada histórica do projeto de cooperação entre a IAF e o Cetap, foram apresentados dois estudos. O primeiro buscou identificar a atuação do Cetap no processo de aproximação entre rurais e urbanos, através da agroecologia. O segundo estudo abordou o aprendizado da ação em rede na prática institucional do Cetap. Em seguida, foi servido um coquetel, preparado pelo Encontro de Sabores, com alimentos ecológicos produzidos por diferentes empreendimentos da região de atuação do Cetap.

Na parte da tarde aconteceu uma roda de conversa, onde os presentes fizeram um relato sobre sua relação com o alimento agroecológico e de que forma este tema desafia nosso trabalho. Os depoimentos foram bastante ricos e destacaram a importância do trabalho e atuação do Cetap, tanto no apoio técnico junto aos agricultores, como na articulação para a comercialização e na sensibilização e construção de novos espaços de debate e participação dos consumidores urbanos. Em seguida foram apresentados dados quantitativos e qualitativos sobre a evolução da agroecologia na região norte do Rio Grande do Sul, com enfoque no público de atuação do Cetap. Por fim, os representantes da IAF fizeram suas considerações, destacando que os resultados apresentados superaram as expectativas iniciais do projeto.

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Estudantes refletem sobre alimentação saudável e consumo consciente na Semana do Meio Ambiente

O Coletivo Boia Bacana, composto por jovens acadêmicos de várias áreas do conhecimento e interessados na temática da agroecologia, em conjunto com integrantes da equipe técnica do Cetap, realizou oficinas sobre Alimentação Saudável e Consumo Consciente em diferentes escolas da região na Semana do Meio Ambiente. Na cidade de Passo Fundo, a escola visitada foi a Novo Circulo, no interior do município de Aratiba, a equipe esteve na Escola Municipal de Ensino Fundamental Volta Fechada e em Erechim, os jovens trabalharam com os alunos do Colégio Estadual Professor Mantovani.

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Primeiro Jantar Ecológico de Aratiba

No dia 1º de junho de 2019 aconteceu o primeiro Jantar Ecológico do município de Aratiba/RS, na comunidade da Linha Gruta, reunindo mais de 250 pessoas. O evento foi promovido pelo Centro de Tecnologias Alternativas Populares – CETAP e pela Prefeitura de Aratiba, com o apoio técnico do empreendimento Encontro de Sabores e a participação das demais entidades que integram o GT dos Orgânicos no município.

Os diferentes pratos do jantar foram preparados em conjunto pela equipe do CETAP e a equipe da Comunidade da Linha Gruta. O cardápio foi variado, sempre a base de alimentos orgânicos, produzidos pelos agricultores do município e da região. Foram destaques o entrevero de pinhão, a maionese de tubérculos (com batata cará, inhame e batata salsa), o escondidinho de batata doce, as saladas de grãos de feijão (cavalo, moyashi, arroz e olho de cabra) e a sobremesa de mousse de guabiroba. Entre as bebidas oferecidas, além de chopp artesanal, foram servidos vinho orgânico e sucos de frutas nativas, como araçá e butiá.

Edson Klein, coordenador executivo do CETAP, destacou a importância da agroecologia na região e os impactos positivos deste modelo de produção para os agricultores, além da oferta de alimentos saudáveis para a população do meio rural e urbano. Lídia Rocha Figuero, do Empreendimento Encontro de Sabores, de Passo Fundo/RS, destacou a presença de frutas nativas da nossa região, como o pinhão, o araçá, a guabiroba e o butiá na elaboração dos pratos, sucos e sobremesas, ressaltando o trabalho desenvolvido pela Cadeia das Frutas Nativas do RS, que busca incentivar o cultivo, processamento e comercialização destes produtos em diferentes mercados. Também foi ressaltado que o jantar aconteceu na Semana do Alimento Orgânico, como forma de chamar a atenção para a importância deste tema.

O Programa de Incentivo à Produção e Consumo de Alimentos Agroecológicos – que conta com a assessoria técnica do CETAP – é um dos projetos pioneiros do Governo de Aratiba, em parceria com entidades locais e regionais. A partir da implantação do programa, diversos agricultores tiveram sua produção certificada e muitos estão em fase de transição para a certificação. O Jantar Ecológico foi um momento importante para divulgar e promover a produção orgânica no município.

Segundo o prefeito de Aratiba, Guilherme Eugênio Granzotto, o projeto é um novo conceito desenvolvido pelo Poder Público Municipal para viabilizar, gerar renda e aproveitar pequenos espaços das propriedades rurais, onde não é viável o plantio tradicional de grãos. Além disso, os produtores possuem garantia da comercialização de seus produtos, através de parcerias firmadas com instituições como o CETAP e a Ecoterra. “Esse projeto é muito importante para o nosso município. Queremos mais saúde e qualidade de vida para a população, além de elevarmos a renda dos agricultores”, disse Granzotto.

Já para Emelson Bonamigo, assessor técnico do CETAP que acompanha os agricultores de Aratiba, “o evento mostrou o potencial da nossa agricultura ecológica, pois o jantar também contou com pratos não convencionais que fogem um pouco da nossa cultura regional, como o suco de frutas nativas. Outro ponto que merece destaque é a maior segurança alimentar que as famílias têm ao consumir alimentos orgânicos e com certificado de origem, que consequentemente proporcionam mais saúde e qualidade de vida aos consumidores”.

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*Com informações e fotos da Prefeitura Municipal de Aratiba/RS e arquivo Cetap.


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