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Cetap realiza entrega de mais 570 cestas de alimentos orgânicos para famílias da nossa região

De 19 a 22 de maio foi realizada a entrega de mais 570 cestas, com 12 toneladas de alimentos orgânicos para famílias em situação de vulnerabilidade social, em continuidade da campanha Proteja e Salve + Vidas 2021, numa parceria do CETAP com a Fundação Banco do Brasil, que conta também com o apoio do BB DTVM e banco BV. Foram beneficiadas famílias acompanhadas pelo serviço de assistência social de diferentes municípios, integrantes de associações de recicladores, moradores da periferia, acompanhados por organizações parceiras e comunidades indígenas.

Na região Alto Uruguai, foram distribuídas 530 cestas nos municípios de Erechim, Barão de Cotegipe, Itatiba do Sul, Aratiba, Três Arroios, Erebango e Getúlio Vargas, nos dias 19 e 20 de maio e na terra indígena Goj Vêso, em Iraí, no dia 22 de maio. Todas as cestas de alimentos foram montadas pela associação de agricultores Ecoterra. As entregas em Erechim contaram com a presença de Robson Borowski da Silva, gerente geral do Banco do Brasil na cidade. Em Aratiba, o gerente da agência do município também acompanhou as entregas.

No dia 19 de maio também foram entregues mais 40 cestas de alimentos orgânicos para famílias em situação de vulnerabilidade de Sananduva. A ação aconteceu na Secretaria de Assistência Social e Habitação do município e contou com a presença do prefeito em exercício, Antuir Ricardo Pansera, da Secretária de Assistência Social e Habitação, Juliana Miotto, do Superintendente Regional do Banco do Brasil em Passo Fundo, Pablo Damasceno Ribeiro, do gerente geral do Banco do Brasil em Sananduva, José Rubens Machado, de Paulo Junior Pastorello, representante da cooperativa Coopvida, além de Rudian Paulo Martini e Rafaela T. Bagatini Dellagostin, da equipe técnica do CETAP.

Com essa segunda entrega, foram distribuídas um total de 80 cestas em Sananduva, totalizando 1.680 kg de alimentos orgânicos, que beneficiaram aproximadamente 240 pessoas. Todos os alimentos são oriundos de agricultores familiares da região, certificados pela Rede Ecovida de Agroecologia. O Superintendente Regional do BB destacou o compromisso da Fundação Banco do Brasil neste momento difícil para famílias brasileiras, colocando-se à disposição para intermediar outras demandas junto a fundação. “Buscamos viabilizar a entrega de alimentos, numa ação com diversos parceiros, que acontece também em outras regiões do nosso país”, disse Pablo Damasceno.

A secretária afirmou que as doações acontecem em um momento muito importante, pois a demanda por alimentos vem aumentando em função do agravamento do contexto da pandemia e o retorno das famílias que estão recebendo estes alimentos é muito positivo. Já o prefeito em exercício, Antuir Pansera, disse que os alimentos chegaram em boa hora e que sempre é positivo projetos que venham contemplar as famílias em situação de vulnerabilidade, agradecendo a todos os envolvidos neste processo.

A equipe técnica do CETAP agradeceu a oportunidade de poder ser parceiro mais uma vez junto à Fundação BB e por fazer esse elo entre o campo e a cidade, pois além das famílias urbanas que recebem as sacolas, o projeto beneficiou os produtores orgânicos que também estão sendo impactados com a dificuldades de comercialização da produção neste momento de pandemia. O representante da Coopvida também reforçou o agradecimento, pois foi a cooperativa que organizou e contatou os agricultores para organizar todos os alimentos disponíveis, salientando que todos os alimentos entregues nas sacolas são orgânicos.


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Programa de resgate de “Potreiros Tradicionais do RS” fica entre os 10 vencedores de Prêmio do BNDES

Os potreiros fazem parte da paisagem gaúcha. Principalmente dos Campos de Cima da Serra. Eles compõem um “Sistema Agrossilvipastoril Tradicional”, no qual, historicamente, foram realizados distintos manejos. Além de compor a diversidade do patrimônio genético local, as pastagens naturais também possibilitam uma dieta variada para os animais. E propiciam a manutenção da vida das famílias que moram em pequenas propriedades e que se dedicam à produção de mel, lenha e madeira, frutas, pinhão e ervas medicinais. Este Sistema Agrícola Tradicional (SAT) desenvolve, também, uma função ecológica de preservar elementos da paisagem, conservando e preservando a flora e fauna nativas.

“Os potreiros são sistemas muito presentes dentro das propriedades dos agricultores familiares e extrativistas, representando um bom percentual da área da propriedade. São ambientes manejados ao longo do tempo e que vão conformando um desenho da paisagem rural do sul do Brasil”, destaca Alvir Longhi, coordenador do programa de sociobiodiversidade com ênfase nos sistemas agroflorestais, extrativismo sustentável e valorização e uso das frutas nativas do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP).

O CETAP trabalha com 30 famílias no resgate e manutenção deste sistema nos municípios de Vacaria, Monte Alegre dos Campos, Ipê, São Francisco de Paula e Campestre da Serra. Esta iniciativa recebeu na última sexta-feira (20 de maio), o 9º lugar na segunda edição do Prêmio BNDES de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais. O Prêmio é fruto da parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU).

“Inscrever a proposta deste trabalho no prêmio é importante para dar essa visibilidade, para mostrar a importância que estes sistemas tradicionais têm nas diferentes perspectivas, seja de sustentabilidade econômica, ambiental, mostrando para os próprios produtores a importância de continuarem trabalhando com estes sistemas tradicionais”, afirma Longhi.

O coordenador do programa ressalta que os potreiros têm uma importância para este produtor do ponto de vista econômico, alimentar, de sustentabilidade da propriedade e é rico num conjunto de espécies do ponto de vista ambiental e ecológico. Mas ele também tem potencial para outros usos:  além das frutíferas nativas, o uso na tinturaria, na produção de óleos essenciais e de hidrolatos, que são águas florais. “A gente tem buscado valorizar economicamente estes potreiros bem como as formas culturais dos atores sociais que manejam estas áreas”, diz Longhi.

O prêmio

O prêmio reconhece as melhores práticas em projetos agrícolas, extrativistas, pesqueiros e afins, que empregam conhecimentos e técnicas da cultura de comunidades e povos tradicionais de todo o Brasil. Caracterizados pelo uso de técnicas tradicionais de produção, os Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs) envolvem espaços, práticas alimentares e agroecossistemas manejados por povos e comunidades tradicionais e por agricultores familiares, nos quais elementos culturais, ecológicos, históricos e socioeconômicos interagem, formando diferentes arranjos e técnicas produtivas (para saber mais clique aqui).

Os premiados

O primeiro lugar ficou com o projeto da Casa das Frutas de Santa Isabel do Rio Negro (AM), proposto pela Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro (ACIMRN). O projeto de conservação da agrobiodiversidade, localizado no Sertão da Paraíba, por meio da Rede de Bancos Comunitários de Sementes da Paixão do Território da Borborema (PB) ficou com o segundo lugar. A terceira colocação ficou com as comunidades de apanhadoras de flores sempre-vivas da porção meridional da Serra do Espinhaço (MG), apresentada pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA-NM).

Também foram premiados: A Associação Etnocultural Indígena Enawene Nawe, do Noroeste de Mato Grosso, pelo Ritual do Iyaokwa, que marca o início do calendário anual deste povo; o Centro Cultural Kàjre, pela feira de sementes tradicionais do povo indígena Krahô, em Goiatins, no estado do Tocantins; a Associação Comunitária dos Pequenos Criadores do Fecho de Pasto, do Oeste da Bahia, pela iniciativa dos guardiões e guardiãs do Cerrado em defesa da biodiversidade; a Associação dos Pescadores Artesanais de Porto Moz (Aspar), no Pará, pela conservação dos estoques pesqueiros e fortalecimento da entidade e da categoria; a Associação Indígena Ulupuwene, do Alto Xingu, pela festa do Kukuho (espírito da mandioca) e o Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica, em Minas, pelo Catálogo de Sementes do Alto Jequitinhonha.

*Por Maria Alice Lussani, com informações do MAPA
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS


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CETAP lança coleção de materiais sobre Abelhas Nativas Sem Ferrão

Neste dia 20 de maio de 2021, Dia Mundial da Abelha, o CETAP lança uma coleção de materiais sobre as Abelhas Nativas Sem Ferrão (ASF). É uma série de informativos técnicos, que poderão ser acessados aqui no site, onde também é possível fazer o download para impressão. Em conjunto com estes materiais, foram produzidos alguns vídeos que abordam de forma simples e rápida alguns pontos importantes para a criação das abelhas sem ferrão.

Confira o vídeo de lançamento da coletânea:

Leia a Circular Técnica de Meliponicultura – Nº 1 | A importância das Abelhas Nativas Sem Ferrão (clique na imagem para baixar)


Preparo de extrato atrativo para Abelhas Nativas sem Ferrão

Neste primeiro vídeo, você vai conhecer melhor como pode ser feito o extrato atrativo, usado para captura de enxames de abelhas nativas sem ferrão.

Leia a Circular Técnica de Meliponicultura – Nº 2 | Atrativo para captura de Abelhas Nativas Sem Ferrão (clique na imagem para baixar)

Nas próximas três semanas, novos materiais serão disponibilizados. Acompanhe o canal do Youtube do CETAP e a página com nossas publicações e tenha acesso a todos os conteúdos.


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Campanha Proteja e Salve + Vidas faz doação de 11 toneladas de alimentos orgânicos para famílias de Passo Fundo

Nesta quarta-feira, dia 12 de maio, foram entregues 550 cestas para famílias em situação de vulnerabilidade social no município de Passo Fundo/RS, totalizando 11 toneladas e meia de alimentos orgânicos, vindos direto de agricultores familiares agroecologistas da nossa região. Cada cesta contém 3kg de arroz, 3kg de feijão, 1kg de cebola, 3kg de batata doce, 3kg de aipim, 3kg de frutas da época (caqui, laranja, banana, bergamota…), 2kg de legumes, 1kg de moranga e 2kg de farinha de trigo integral, totalizando 21 quilos de alimentos orgânicos.

Ainda na madrugada, agricultores que fazem parte da Coonalter (Cooperativa Mista e de Trabalho Alternativa Ltda) carregaram os caminhões com os produtos e se deslocaram de Santo Antônio do Palma, São João da Urtiga e Três Arroios até o Ginásio de Esportes da Paróquia Santo Antônio, no Bairro Petrópolis, em Passo Fundo. Neste local, a partir das 6h30, foi realizada a montagem das cestas, com o apoio da equipe técnica do CETAP.

Durante a manhã, foi realizada a entrega de 150 cestas no CRAS 2 (Centro de Referência da Assistência Social), na Rua Teixeira Soares, 51, Bairro Vera Cruz e também de 100 cestas para os grupos acompanhados pela Cáritas Arquidiocesana de Passo Fundo.

No período da tarde, foram entregues 150 cestas no CRAS 1, na Rua Ana Neri, 485, no Bairro São Luiz Gonzaga e outras 150 cestas no CRAS 4, na Rua Israel Bona, 78, Bairro Morada do Sol. Nestes locais, diversas famílias já aguardavam para a retirada dos alimentos e demonstravam muita alegria em receber esta doação neste momento difícil, agravado pela pandemia da Covid-19.

A campanha de ajuda humanitária “Proteja e Salve + Vidas” conta com o apoio financeiro da Fundação Banco do Brasil, Banco BV e BB DTVM, além de outros parceiros. No Rio Grande do Sul, a iniciativa é em parceria com o Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), com sede em Passo Fundo, que será responsável por coordenar a mobilização de 300 agricultores e a distribuição de cestas para 2.130 famílias, integrando nesta ação outras organizações locais, cooperativas, ONGs e movimentos populares locais.

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Campanha Proteja e Salve + Vidas faz doação de cestas de alimentos

Ação busca conectar quem planta a quem consome

A campanha de ajuda humanitária “Proteja e Salve + Vidas”, conduzida pela Fundação Banco do Brasil desde o início da pandemia, completa um ano de mobilização para viabilizar a distribuição de cestas de alimentos em todas as regiões do país. No Rio Grande do Sul a iniciativa é em parceria com o Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), com sede em Passo Fundo, que nesta segunda etapa será responsável por coordenar a mobilização de 300 agricultores e distribuição de cestas para 2.130 famílias, integrando nesta ação outras organizações locais, cooperativas, ONGs e movimentos populares locais.

Os alimentos foram fornecidos por grupos de agricultores agroecológicos da nossa região e irão beneficiar integrantes de associações de catadores e recicladores, aldeias indígenas, asilos, associações de moradores e famílias acompanhadas em Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). Ao conectar as pontas da cadeia produtiva – quem planta a quem consome, a ação incentiva a economia local ao mesmo tempo em que garante a segurança alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade social, agravada pela crise sanitária.

Cada cesta contém 3kg de arroz, 3kg de feijão, 1kg de cebola, 3kg de batata doce, 3kg de aipim, 3kg de frutas da época (caqui, laranja, banana, bergamota…), 2kg de legumes, 1kg de moranga, 2kg de farinha de trigo e milho, totalizando 21 quilos de alimentos orgânicos. As cestas serão entregues nos municípios de Erechim, Barrão de Cotegipe, Itatiba do Sul, Aratiba, Três Arroios, Passo Fundo, Erebango, Getúlio Vargas, Vacaria, São Francisco de Paula, Caxias do Sul, Torres, Sanaduva, Santa Cruz do Sul, Maquiné, Riozinho, Caraá, Osório, Santa Rosa e Porto Alegre.

Esta ação será realizada durante o mês de maio, nas diferentes cidades, com o apoio de grupos e organizações parceiras. A primeira entrega aconteceu no dia 5 de maio, com a doação de 40 cestas de alimentos orgânicos para famílias em situação de vulnerabilidade social do município de Sananduva/RS. No próximo dia 19, mais 40 cestas serão entregues, com o auxílio da Secretaria da Assistência Social e Habitação do município.

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Uma das ações de maior destaque dentro desta campanha é a compra da produção de agricultores familiares, que enfrentam dificuldades na comercialização de seus produtos por causa da pandemia e entrega às famílias que mais precisam neste momento. A campanha conta com o apoio financeiro da Fundação Banco do Brasil, Banco BV e BB DTVM, além de outros parceiros. O repasse dos recursos é feito a instituições sem fins lucrativos que atuam nas áreas de assistência social e saúde junto às comunidades. Acesse coronavirus.fbb.org.br para acompanhar os resultados e o destino das doações.


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Famílias agroecologistas de Itatiba do Sul recebem incentivo para produção

Pagamento faz parte do Programa Municipal de Apoio à Agroecologia de Itatiba do Sul – RS

A Prefeitura Municipal de Itatiba do Sul/RS, através da Secretaria da Fazenda e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, efetuou no dia 23 de abril o pagamento dos recursos destinados ao Programa Municipal de Incentivo à Produção Orgânica e Agroecológica.

O programa, criado em 2019, prevê um auxílio financeiro de R$ 500,00 em insumos ou equipamentos, por unidade de produção de alimentos agroecológicos e faz parte das ações que o poder público municipal desenvolve no município em parceria com o Centro de Tecnologias Alternativas Populares – CETAP e a Associação Regional de Cooperação e Agroecologia – Ecoterra.

As famílias que desejam ser beneficiárias do programa devem realizar a comercialização de produtos orgânicos, possuir certificação de produção orgânica ou estar em processo de transição para agroecologia, além de participar do curso de formação e capacitação sobre agroecologia, promovido pelo CETAP, em conjunto com outras entidades parceiras.

Neste ano 26 famílias foram contempladas pelo programa, sendo que todas recebem acompanhamento técnico do CETAP para auxiliar na aplicação dos recursos que são destinados exclusivamente para produção orgânica. Grande parte dos produtos são adquiridos pela Ecoterra, que integra o Circuito Sul de comercialização da Rede Ecovida, o que permite aos agricultores ecologistas da região terem sua comercialização garantida, acessando mercados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Esta experiência foi uma das 700 políticas e programas municipais que apoiam a agroecologia e a agricultura familiar mapeadas pela Articulação Nacional de Agroecologia – ANA em todo o país. Este programa demonstra como a intervenção pública a partir do poder executivo municipal pode promover a segurança alimentar e nutricional no campo e na cidade.


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CETAP comemora 35 anos de atuação e reforça a importância do trabalho coletivo para construção da agroecologia

O Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, criada por lideranças de organizações sociais e profissionais ligadas às temáticas da produção de alimentos e da vida no meio rural. Dentre o conjunto de ações e projetos executados atualmente, existe a preocupação em gerar processos e técnicas que contribuam para a produção ecológica de alimentos, a conservação da água, os sistemas agroflorestais, a geração de renda, o acesso das populações urbanas a alimentos saudáveis e a conservação da biodiversidade nativa do estado do Rio Grande do Sul.

O contexto da década de 1980 motivou a percepção da necessidade de mudança de uma realidade de empobrecimento dos agricultores e forte êxodo rural, associados a questões ambientais de contaminação do solo, da água, dos alimentos e dos trabalhadores rurais. O CETAP foi constituído como um espaço para a construção de outra proposta tecnológica, de organização da produção e de desenvolvimento rural. Fundada em 1986, no município de Passo Fundo, a instituição tem tido, desde sua origem, foco em implementar tecnologias sociais a fim de encontrar alternativas para estes problemas sociais, ambientais e econômicos que comunidades e famílias rurais enfrentam em seu cotidiano.

O CETAP está completando 35 anos de caminhada, feita com ideias e ações de muitos caminhantes. Buscamos estimular o desenvolvimento de uma agricultura sustentável que se orienta nos princípios da agroecologia e protagonismo de quem a realiza. Dedicamos especial atenção ao acompanhamento dos agricultores na produção de alimentos com qualidade e diversidade, para garantir a segurança alimentar e nutricional das pessoas”, destaca Lauro Foschiera.

Já são 35 anos! Nem parece, o tempo passa depressa. Foi um sonho, que ao ser sonhado coletivamente se tornou uma caminhada. Essa nossa história, construída a muitas mãos, foi sendo lapidada cotidianamente e com muita dedicação, cooperação e solidariedade. Que os novos tempos sejam pujantes e inspiradores para seguir sonhando e fazendo história”, deseja Mário Gusson (Pita).

Muita coisa para relembrar e comemorar neste caminhar institucional, por que o CETAP é constituído da ação e da história de pessoas. Tem uma expressão que creio ser muito significativa e é da nossa cultura: quando nos apresentamos, nos diferentes espaços, começamos dizendo “meu nome é … e faço parte do CETAP”.  O CETAP é o conjunto, a soma destas pessoas (equipe de trabalho, famílias, agricultores…) e a história da nossa organização mistura-se com a história que estas pessoas sonham e constroem. Parabéns ao CETAP e que possamos continuar cuidando esta grande árvore que um dia alguém sonhou em plantar”, ressalta Alvir Longhi.

Somos uma entidade de assessoramento, que trabalha pela defesa e garantia de direitos, atuando na formação, capacitação e promoção da cidadania. Primamos pela abertura de espaços e oportunidades para o exercício da cidadania ativa e o fortalecimento das organizações sociais. Acreditamos que a história que construímos e o conjunto de ações do CETAP tem papel fundamental na caminhada de construção da agroecologia, não só na nossa região de atuação, mas em um fértil terreno ampliado pelo grande número de parcerias e redes que ajudamos a tecer. Em datas como esta é sempre importante parabenizar cada um e cada uma que fez e faz parte desta caminhada”, finaliza Edson Klein, coordenador executivo do CETAP.

Para realizar suas atividades, o CETAP conta com uma equipe multidisciplinar de trabalho, que planeja e executa projetos com apoio de entidades de cooperação e organizações nacionais e internacionais, além de parcerias com órgãos públicos municipais, estaduais e federais.


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Projeto estimula a preservação ambiental e geração de renda em São Francisco de Paula

Flores de macela, folhas de erva-mate e até casca de araucária: você sabia que as espécies nativas possuem potencial para serem utilizadas também no tingimento natural de roupas e tecidos? Para além do consagrado uso alimentício e medicinal das espécies da biodiversidade nativa na região dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul, a busca por outras possibilidades de uso tem ganhado espaço.

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O Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), em convênio com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) de São Francisco de Paula/RS, vem trabalhando junto a alguns agricultores familiares do município, no sentido de sensibilizar para o potencial das espécies nativas para geração de renda e preservação ambiental. A demanda de empreendimentos por matérias-primas provenientes de sistemas de extrativismo sustentável tem estimulado alguns agricultores que anteriormente já utilizavam o pinhão para alimentação, também para a coleta da casca da araucária, que se desprende naturalmente do tronco e se deposita no chão. A utilização deste material para o tingimento têxtil possibilita uma nova forma de diversificação da renda da família.

De acordo com a agricultora familiar Maria Zormiria Zambelli, a utilização da casca da araucária é realizada respeitando os ciclos naturais da árvore, sempre buscando causar o mínimo de impacto ambiental. “Eu vejo que para a araucária não causa dano nenhum, porque é da própria natureza dela sair a casca. E para nós essa é uma fonte de renda importante e precisamos aproveitar. Sempre buscamos tirar a nossa renda da natureza sem prejudicá-la”, finalizou Maria.

O trabalho visa orientar as boas práticas desde o ponto preferível de coleta, com a casca ainda nova e com coloração vermelho-arroxeada, atentando para evitar de trazer partes de outras plantas, bem como no armazenamento do material já seco. “Esta é uma das ações que, juntas e articuladas, buscam diversificar e aumentar o grau de ecologização das propriedades e que possam gerar maior autonomia a partir dos recursos da nossa floresta”, coloca o responsável pelas ações no Município, Tiago Fedrizzi, da Equipe Técnica do CETAP.

Esta dinâmica é operacionalizada via o Encontro de Sabores, empreendimento que compõe a Cadeia Solidária das Frutas Nativas do RS, organização que reúne instituições, universidades, consumidores, empreendimentos e grupos de agricultores que discutem desde questões técnico-produtivas a ajustes de comercialização, amparadas nos preceitos da economia solidária.  Um dos parceiros nesta ação é o Pano da Terra, camiseteria com enfoque na educação ambiental, que realiza a compra da matéria prima de agricultores familiares para uso no tingimento das suas peças. “O propósito da Pano da Terra sempre foi levar educação ambiental através da moda, utilizando algodão orgânico na produção das camisetas e com estampas que retratavam espécies nativas ameaçadas de extinção. Quando sentimos a necessidade de trazer cor para as nossas peças, buscamos alternativas que não fossem agressivas para o meio ambiente. Foi aí que eu entendi que o tingimento natural poderia ser uma ferramenta muito mais potencializadora da mensagem que queríamos levar para as pessoas com a nossa marca”, relata Vanessa Tomazeli, idealizadora do projeto Pano da Terra.


Fonte: Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula – RS


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Produção de arroz sequeiro orgânico na região Alto Uruguai

A produção agroecológica é uma alternativa onde muitas famílias já estão inseridas e que vem conquistando novos adeptos constantemente. Na região do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul essa dinâmica tem ganhado muito espaço nos últimos anos e muito se deve ao modelo de assessoramento técnico às famílias e às dinâmicas de comercialização que garantem o planejamento do plantio e a comercialização garantida, por um preço já definido e acordado previamente.

O mercado de produtos orgânicos vem crescendo e, acompanhando esta demanda, a Associação Ecoterra de Agroecologia tem dado suporte para que as famílias aumentem sua produção. Em sua área de atuação, também tem realizado algumas experiências para demonstrar a viabilidade econômica e as possibilidades de novos cultivos.

Neste sentido, pudemos acompanhar o plantio e o cultivo de arroz sequeiro. Mesmo sofrendo com o período de estiagem, no dia 12 de março de 2021, foi realizada a colheita com uma produção bastante significativa, próxima a dez toneladas. Além de ser ofertado em alguns mercados que recebem produtos da Ecoterra, este arroz também possibilitará a oferta de sementes para outras famílias nas próximas safras. Essa experiência demonstra a viabilidade do plantio de arroz sequeiro na região, apresentando novas possibilidades para que mais famílias possam inserir esta variedade em sua diversidade de cultivos.

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Células de Consumidores Responsáveis (CCR)

Gerar mercado para agricultores e facilitar o acesso para consumidores a alimentos agroecológicos: esses são dois princípios básicos das Células de Consumidores Responsáveis (CCR), projeto do Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar da UFSC (LACAF/UFSC) que em 2021 completa cinco anos de atuação aproximando campo e cidade com relações mais solidárias e mostrando que alimento não é só mercadoria. As Células são arranjos de comercialização baseados no contato direto entre quem produz e quem consome alimentos agroecológicos, através da organização dos grupos de agricultores/as e de consumidores/as. 

Atualmente, são 12 Células de Consumidores Responsáveis na Grande Florianópolis, que comercializam cerca de 2.200 cestas de alimentos todos os meses. São quase 10 toneladas de comida produzida por mais de 60 famílias agricultoras de 16 municípios que abastecem outras 500 famílias da cidade. Além de um modelo de abastecimento alimentar com quantidade e qualidade, as Células são um exemplo do cumprimento do papel social da Universidade Pública. Neste vídeo, você vai conhecer quem são as pessoas e instituições que alimentam as células e aquelas que replicaram o modelo em outros territórios. 

O projeto conta com apoio da cooperação alemã Misereor, que subsidiou a realização de rodas de conversa, oficinas e seminários para mobilização e sensibilização de consumidores, além dos intercâmbios, que possibilitaram a aproximação do público urbano com as famílias agricultoras, estabelecendo vínculos entre esses atores e resultando na aproximação campo e cidade. Essas atividades foram possíveis devido a parceria com organizações da sociedade civil, como o Cepagro e o Centro Vianei de Educação Popular, além da Rede Ecovida de Agroecologia e também de equipamentos públicos, como o CRAS (Centro de Referência em Assistência Social). Um mosaico de pessoas e entidades trabalhando em rede para ampliar o acesso à alimentação orgânica, com preços justos para quem produz e para quem consome. 

O projeto Misereor em Rede é desenvolvido em parceria com o Centro Vianei (SC), Cepagro (SC), AS-PTA Agroecologia (PR) e CETAP (RS).


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