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Hortaliças leguminosas de inverno são alternativa de renda para famílias agroecologistas no Alto Uruguai gaúcho

No dia 17 de agosto, o CETAP, juntamente com a Agroindústria Flor de Pitanga, realizou uma oficina sobre o cultivo, manejo e ponto de colheita da ervilha verde. A oficina ocorreu na unidade de produção da família Otoni, em Itatiba do Sul/RS. A atividade também marcou o início da colheita da cultura nessa safra de 2021. A produção, que é orgânica, será processada e embalada na agroindústria e posteriormente comercializada pela Associação Regional de Cooperação em Agroecologia (Ecoterra).

As hortaliças leguminosas como ervilha, grão de bico, lentilha e fava são uma opção de cultivo para o inverno, quando as temperaturas são mais amenas. Na região do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul, a semeadura pode ser realizada nos meses de abril a julho, com colheitas que vão de agosto a novembro. Uma iniciativa da Ecoterra, em parceria com a Agroindústria Flor de Pitanga, administrada por mulheres agricultoras de Itatiba do Sul e Barrão de Cotegipe, vem trabalhando na produção, beneficiamento, embalagem e comercialização destes produtos.

Entre as vantagens do cultivo dessas leguminosas, pode-se ressaltar o alto valor agregado dos produtos em função do valor nutritivo e da demanda de mercado, o baixo custo de produção, pois são pouco exigentes em insumos e a facilidade de cultivo, principalmente pela facilidade de manejo das plantas espontâneas de inverno. Além destas plantas serem consideradas como melhoradoras da fertilidade do solo, por ter capacidade de fixar nitrogênio atmosférico em simbiose com bactérias, ainda é possível guardar as sementes para cultivos subsequentes, gerando mais autonomia para as famílias.

Esta estratégia de produção vem sendo assessorada pela equipe técnica do CETAP, que incentiva a diversificação nas unidades de produção agroecológica, em uma região onde a maior diversidade está nos cultivos de verão, como feijão, batata doce, milho, amendoim, abóboras, entre outras. Restando poucas opções de renda para o inverno. Já consolidada a produção de ervilha, o próximo passo será avançar na produção das outras espécies que estão agora em fase de teste.


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Oficina de Saboaria Artesanal com Plantas Nativas

Frutas nativas como Guabiroba e Butiá, folhas de Erva-mate, flores de Macela, óleo essencial e hidrolato de Guamirim e até resinas de Aroeira vermelha ou Araucária… você sabia que as espécies nativas possuem potencial para serem utilizadas na Saboaria e na Cosmética Natural? Para além do consagrado uso alimentício das espécies da biodiversidade nativa na região dos Campos de Cima da Serra, a valorização do potencial medicinal e aromático tem ganhado espaço.

Com o objetivo de divulgar os potenciais da flora nativa e capacitar agricultoras e agricultores familiares para seu uso na Saboaria, foi realizada a Oficina de “Saboaria Artesanal com Plantas Nativas”, no mês de julho, com o Grupo de Mulheres da região de Cazuza Ferreira, no Salão da comunidade Fazenda Velha.

A proposta da oficina foi de compartilhar e trocar saberes sobre o potencial bioativo e medicinal das plantas nativas de modo a aprender a formular, calcular e elaborar sabonetes naturais e biodegradáveis através do método de saponificação à frio. Um sabonete calculado com precisão e bem equilibrado tem ótima qualidade e é capaz de promover limpeza e hidratação para a pele, além da autonomia em relação à indústria e da possibilidade de geração de renda para famílias, utilizando matérias primas locais.

Participaram da atividade grupos de mulheres da Cazuza Ferreira e da Localidade da Fazenda Velha, que produziram coletivamente os sabonetes com óleos vegetais e animais, polpa de Guabiroba, flores de Macela e óleo essencial de laranja. A oficina foi realizada em espaço arejado e com todos os cuidados quanto a COVID-19.

A iniciativa foi do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP) em parceria com o empreendimento Yatay, que trabalha com a Saboaria e Cosmética Natural da sociobiodiversidade e flora nativa. Teve também o apoio do Círculo de Referência em Agroecologia, Sociobiodiversidade, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (AsSsAN-CR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que apoiou a iniciativa e  disponibilizou as cartilhas “Saboaria Artesanal – para saúde,  arte e valorização da biodiversidade”, de autoria de Martina Ritter e Joana Bassi.

O CETAP atua em convênio com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) de São Francisco de Paula/RS e vem trabalhando junto a grupos de agricultores familiares do município no sentido de sensibilizar para o potencial das espécies nativas para geração de renda e preservação ambiental. Esta dinâmica é operacionalizada via Encontro de Sabores, estabelecimento que compõe a Cadeia Solidária das Frutas Nativas do RS, organização que reúne instituições, universidades, consumidores, empreendimentos e grupos de agricultores que discutem desde questões técnico-produtivas a ajustes de comercialização, amparadas nos preceitos da economia solidária. 


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Construção do Plano Municipal de Apoio e Promoção do Extrativismo Sustentável em São Francisco de Paula

De São Francisco de Paula, nos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul, a iniciativa “Agroecologia nos Municípios” traz notícias da construção coletiva de um Plano Municipal de Apoio e Promoção do Extrativismo Sustentável. O passo inicial é um diagnóstico que vai elencar a partir dos atores e atrizes que trabalham com o extrativismo quais são os pontos que poderiam melhorar a prática no rumo da sustentabilidade. O pinhão, semente da Araucária, símbolo cultural da região e do município, tem sido o protagonista neste momento, mas a ideia é trabalhar com a diversidade de espécies nativas.

A pergunta orientadora para a realização do diagnóstico é: “O que podemos melhorar no trabalho com o extrativismo?”. Já aconteceram diversos encontros e conversas envolvendo grupos de agricultoras e agricultores familiares, extrativistas, sujeitas e sujeitos sociais que têm sua vida ligada às práticas do extrativismo. A proposta inclui também ouvir outras vozes, envolver agentes de saúde e profissionais que atuam diretamente junto às populações e agentes gestores na costura entre a realidade atual e as demandas por melhorias nas práticas.

A mobilização e articulação está em processo através da atuação do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), que é consultor estadual da iniciativa “Agroecologia nos Municípios”, em conjunto com a Rede Ecovida de Agroecologia. Parceria com a Prefeitura Municipal de São Chico, como é carinhosamente conhecido o município, a partir da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, tem papel muito importante no desenvolvimento dos caminhos de construção do Plano Municipal de Apoio e Promoção do Extrativismo Sustentável.

De acordo com Tiago Zilles Fedrizzi, do CETAP, para São Francisco de Paula, que já possui forte impulso no turismo ecológico, dar mais visibilidade à atividade, ou seja, dar mais luz às práticas agrícolas históricas calcadas na esfera do extrativismo sustentável, que valorizam o conhecimento e as práticas locais envolvidas e são responsáveis por gerar renda e conservação ambiental, é a possibilidade de mostrar que floresta em pé é floresta que traz, também, retorno econômico.

São Francisco de Paula foi o município escolhido no Rio Grande do Sul para fazer parte da iniciativa “Agroecologia nos Municípios”, da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). O objetivo é promover, apoiar e sistematizar processos de mobilização e incidência política no nível municipal, visando à criação e ao aprimoramento de políticas públicas, programas, projetos, leis e experiências municipais importantes de apoio à agricultura familiar e à segurança alimentar e nutricional e que fortalecem a agroecologia.

Fonte: Assessoria de Imprensa/Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)


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Alunos do ensino fundamental visitam agricultores agroecologistas em Sananduva

Alunos do 4º e 5º Anos do Ensino Fundamental da Escola Floriano Peixoto, de Sananduva/RS, visitaram a propriedade da família do agricultor Ademir Pertile, na Comunidade de Mão Curta, no interior do município. No local foi realizada uma oficina sobre produção orgânica e alimentação saudável. A atividade foi no dia 13 de julho e contou com a assessoria da equipe técnica do CETAP.

O objetivo deste dia de campo foi conhecer o funcionamento da propriedade, que tem certificação de produção orgânica. Na oportunidade, foi visitada a horta da família e a plantação de cana de açúcar. A equipe da escola, que incluiu a professora e monitora, juntamente com os estudantes, também pode conhecer como se produz açúcar, garapa e melado, acompanhando todo o processo de beneficiamento da cana. Outro assunto abordado foi sobre as abelhas nativas sem ferrão, suas características e importância para a produção de alimentos. As crianças puderam observar quatro enxames de espécies diferentes de abelhas sem ferrão e conhecer mais sobre sua preservação.

Após a avaliação, onde todos puderam comentar sobre o dia diferente de aprendizado, foi servido um lanche com alimentos orgânicos produzidos pela própria família. A proposta é manter a parceria com a escola e oportunizar novas visitas a agricultores agroecologistas da região.


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Horta comunitária busca aproveitar espaços urbanos para produção de alimentos agroecológicos

No dia 12 de julho aconteceu o primeiro mutirão para construção de uma horta comunitária na Cooperativa de Trabalho dos Recicladores da Santa Marta (Cootraempo), em Passo Fundo/RS. A atividade envolveu cooperados que atuam no local e integrantes do Projeto TransformAção, com a assessoria técnica do CETAP. O objetivo é implementar um espaço para produção de alimentos agroecológicos, tanto para as famílias dos recicladores, como para a comunidade local.

A construção de uma horta comunitária neste espaço é fruto do debate com os cooperados, buscando aproveitar a área externa da unidade recicladora para produzir comida saudável para os trabalhadores, integrando também neste processo outras famílias que moram na comunidade. Neste primeiro momento foi realizado um mutirão para a limpeza do local e descarte adequado dos materiais, delimitação dos espaços e início do preparo do solo. O próximo passo será fazer a correção do solo e a adubação orgânica, para posteriormente implementar as hortas, escolhendo alguns alimentos que possam ser produzidos de forma mais rápida para as famílias, buscando atender a grande demanda por alimentos, frente às dificuldades causadas pela pandemia da Covid-19. O projeto prevê o plantio de verduras, legumes e frutíferas, além de um espaço para flores.

Nesta fase inicial, estão previstos outros mutirões, para garantir uma rápida implementação do que está planejado e fortalecer o envolvimento e comprometimento de todos no projeto. A equipe do CETAP fará o acompanhamento técnico-produtivo, com ao menos uma visita por mês, sendo que os trabalhadores se mostraram muito animados com a proposta e empenhados em dar sequência às ações. A produção da horta, localizada na Vila Donaria, na periferia da cidade, servirá para complementar a alimentação das famílias envolvidas. Esta ação é fruto da parceria entre o CETAP e o Projeto TransformAção, uma associação de entidades locais que, entre outras atividades, desenvolve programas para o cuidado do meio ambiente e para a promoção social, viabilizando oportunidades de emprego e renda.


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Três novos grupos de agricultores recebem Certificação Orgânica no Núcleo Alto Uruguai do RS

O Núcleo Alto Uruguai da Rede Ecovida de Agroecologia realiza anualmente as vistorias do Sistema Participativo de Garantia (SPG), porém, devido a pandemia do Covid-19, seguindo as determinações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 2020 aconteceu a prorrogação da certificação orgânica. Neste ano, entre os meses de fevereiro a maio, o Núcleo Alto Uruguai optou por retomar a realização das vistorias, objetivando, além da renovação, certificar as famílias que vinham em processo de transição e que não foram certificadas no ano de 2020, devido às restrições.

No ano de 2021, na região do Núcleo Alto Uruguai RS, tivemos a certificação de famílias agricultoras que integram três novos grupos, passando de 14 para 17 grupos de produção orgânica assessorados pelo CETAP. Ao todo foram emitidos 116 certificados, sendo 41 novos, além da inclusão de 5 unidades de processamento vegetal.

Para a realização das vistorias foram adotados os protocolos para garantir a integridade e segurança dos envolvidos. Além do uso obrigatório de máscara, álcool gel e distanciamento controlado durante a vistoria, que aconteceu de maneira presencial, a reunião foi substituída por encontros virtuais entre os membros do grupo e o Comitê de Ética. O processo de vistoria nos grupos de produção orgânica ligados à Rede Ecovida de Certificação Participativa é conduzido pela Comissão de Ética, responsável por avaliar as conformidades das normas da produção orgânica.

Devido à pandemia, no início do mês de junho, também a Plenária de Núcleos da Rede Ecovida de Agroecologia, que rotineiramente ocorria de maneira presencial, este ano aconteceu pela primeira vez de maneira virtual, contando com a participação de 70 famílias.


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Alimentos orgânicos, nosso presente para gerações futuras!

A Semana do Alimento Orgânico, que acontece tradicionalmente no final do mês de maio, é uma oportunidade para refletir sobre a importância de temas como a Agroecologia e a Segurança Alimentar, propondo ações que ampliem o acesso à alimentos de qualidade para toda a população. O CETAP está promovendo e participando de uma série de atividades para marcar esta data.

Foram produzidos materiais informativos sobre o que é um alimento orgânico e as dinâmicas de comercialização que aproximam os agricultores dos consumidores urbanos. Também foram distribuídos dois spots para veiculação em rádios na nossa região. Estão acontecendo diferentes ações nas Feiras Ecológicas que contam com famílias agricultoras acompanhadas pelo CETAP, buscando ampliar o conhecimento sobre esta forma diferente de fazer agricultura e seus impactos para o ambiente e para a saúde das pessoas. As atividades integram as ações do projeto Agricultores e Consumidores em Rede, que conta com o apoio da Misereor.

Você sabe o que é um Alimento Orgânico?

A produção de alimentos orgânicos está relacionada a outra forma de fazer agricultura, tendo como orientação os princípios da agroecologia e desenvolvimento sustentável, utilizando o solo, a água e os diversos recursos naturais de maneira responsável. Não é permitido o uso de substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente. Não sendo utilizados fertilizantes sintéticos e solúveis, agrotóxicos e transgênicos.

É possível produzir realmente de forma orgânica?

Sim, é possível! Muitas organizações da sociedade civil têm se mobilizado para garantir que o alimento seja compreendido como um direito e não como uma simples mercadoria. Há vários anos, milhares de famílias agricultoras organizadas em grupos, movimentos e organizações não governamentais têm buscado produzir alimentos saudáveis, contribuindo na recuperação e na preservação das condições ambientais, bem como gerando maior inclusão social e condições mais dignas para as famílias no campo.

Através da promoção da agroecologia, estas famílias têm diversificado seus sistemas de produção e eliminado todo tipo de insumos químicos e uso de transgênicos no manejo de suas culturas e criações de animais. Juntamente com a produção diversificada de alimentos, estes grupos e associações desenvolvem iniciativas de beneficiamento e processamento destes alimentos, baseadas no uso de equipamentos adequados, no cuidado e na qualidade dos alimentos produzidos. Da mesma forma, desenvolvem dinâmicas diferenciadas de comercialização e certificação de seus alimentos, centradas na aproximação entre quem produz e quem consome. Este processo gera conhecimento mútuo e resgata relações de solidariedade e cooperação entre os agricultores e destes com os consumidores.

Escute os spots que foram distribuídos para rádios da nossa região:

O modelo de crescimento econômico proposto nas décadas de 1960 e 1970, com o aporte de tecnologias pós-guerra, gerou desequilíbrios significativos nos ambientes naturais, sociais e do trabalho coletivo. Na mesma proporção em que há riqueza e poderes centralizados, a miséria, a fome e a poluição se alastram de forma alarmante. Tendo isso em vista, surge a premissa de uma nova forma de organização econômica que vise o desenvolvimento sustentável, integrando a sociedade ao meio ambiente.

A Agroecologia busca a compreensão dos sistemas de produção abordando as perspectivas ecológicas. Tem como base de análise os ecossistemas agrícolas, trabalhando os processos agrícolas de maneira ampla, não só visando maximizar a produção, mas também otimizar o agroecossistema, incluindo princípios sociais, ambientais, econômicos e culturais.


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Cetap realiza entrega de mais 570 cestas de alimentos orgânicos para famílias da nossa região

De 19 a 22 de maio foi realizada a entrega de mais 570 cestas, com 12 toneladas de alimentos orgânicos para famílias em situação de vulnerabilidade social, em continuidade da campanha Proteja e Salve + Vidas 2021, numa parceria do CETAP com a Fundação Banco do Brasil, que conta também com o apoio do BB DTVM e banco BV. Foram beneficiadas famílias acompanhadas pelo serviço de assistência social de diferentes municípios, integrantes de associações de recicladores, moradores da periferia, acompanhados por organizações parceiras e comunidades indígenas.

Na região Alto Uruguai, foram distribuídas 530 cestas nos municípios de Erechim, Barão de Cotegipe, Itatiba do Sul, Aratiba, Três Arroios, Erebango e Getúlio Vargas, nos dias 19 e 20 de maio e na terra indígena Goj Vêso, em Iraí, no dia 22 de maio. Todas as cestas de alimentos foram montadas pela associação de agricultores Ecoterra. As entregas em Erechim contaram com a presença de Robson Borowski da Silva, gerente geral do Banco do Brasil na cidade. Em Aratiba, o gerente da agência do município também acompanhou as entregas.

No dia 19 de maio também foram entregues mais 40 cestas de alimentos orgânicos para famílias em situação de vulnerabilidade de Sananduva. A ação aconteceu na Secretaria de Assistência Social e Habitação do município e contou com a presença do prefeito em exercício, Antuir Ricardo Pansera, da Secretária de Assistência Social e Habitação, Juliana Miotto, do Superintendente Regional do Banco do Brasil em Passo Fundo, Pablo Damasceno Ribeiro, do gerente geral do Banco do Brasil em Sananduva, José Rubens Machado, de Paulo Junior Pastorello, representante da cooperativa Coopvida, além de Rudian Paulo Martini e Rafaela T. Bagatini Dellagostin, da equipe técnica do CETAP.

Com essa segunda entrega, foram distribuídas um total de 80 cestas em Sananduva, totalizando 1.680 kg de alimentos orgânicos, que beneficiaram aproximadamente 240 pessoas. Todos os alimentos são oriundos de agricultores familiares da região, certificados pela Rede Ecovida de Agroecologia. O Superintendente Regional do BB destacou o compromisso da Fundação Banco do Brasil neste momento difícil para famílias brasileiras, colocando-se à disposição para intermediar outras demandas junto a fundação. “Buscamos viabilizar a entrega de alimentos, numa ação com diversos parceiros, que acontece também em outras regiões do nosso país”, disse Pablo Damasceno.

A secretária afirmou que as doações acontecem em um momento muito importante, pois a demanda por alimentos vem aumentando em função do agravamento do contexto da pandemia e o retorno das famílias que estão recebendo estes alimentos é muito positivo. Já o prefeito em exercício, Antuir Pansera, disse que os alimentos chegaram em boa hora e que sempre é positivo projetos que venham contemplar as famílias em situação de vulnerabilidade, agradecendo a todos os envolvidos neste processo.

A equipe técnica do CETAP agradeceu a oportunidade de poder ser parceiro mais uma vez junto à Fundação BB e por fazer esse elo entre o campo e a cidade, pois além das famílias urbanas que recebem as sacolas, o projeto beneficiou os produtores orgânicos que também estão sendo impactados com a dificuldades de comercialização da produção neste momento de pandemia. O representante da Coopvida também reforçou o agradecimento, pois foi a cooperativa que organizou e contatou os agricultores para organizar todos os alimentos disponíveis, salientando que todos os alimentos entregues nas sacolas são orgânicos.


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Programa de resgate de “Potreiros Tradicionais do RS” fica entre os 10 vencedores de Prêmio do BNDES

Os potreiros fazem parte da paisagem gaúcha. Principalmente dos Campos de Cima da Serra. Eles compõem um “Sistema Agrossilvipastoril Tradicional”, no qual, historicamente, foram realizados distintos manejos. Além de compor a diversidade do patrimônio genético local, as pastagens naturais também possibilitam uma dieta variada para os animais. E propiciam a manutenção da vida das famílias que moram em pequenas propriedades e que se dedicam à produção de mel, lenha e madeira, frutas, pinhão e ervas medicinais. Este Sistema Agrícola Tradicional (SAT) desenvolve, também, uma função ecológica de preservar elementos da paisagem, conservando e preservando a flora e fauna nativas.

“Os potreiros são sistemas muito presentes dentro das propriedades dos agricultores familiares e extrativistas, representando um bom percentual da área da propriedade. São ambientes manejados ao longo do tempo e que vão conformando um desenho da paisagem rural do sul do Brasil”, destaca Alvir Longhi, coordenador do programa de sociobiodiversidade com ênfase nos sistemas agroflorestais, extrativismo sustentável e valorização e uso das frutas nativas do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP).

O CETAP trabalha com 30 famílias no resgate e manutenção deste sistema nos municípios de Vacaria, Monte Alegre dos Campos, Ipê, São Francisco de Paula e Campestre da Serra. Esta iniciativa recebeu na última sexta-feira (20 de maio), o 9º lugar na segunda edição do Prêmio BNDES de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais. O Prêmio é fruto da parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU).

“Inscrever a proposta deste trabalho no prêmio é importante para dar essa visibilidade, para mostrar a importância que estes sistemas tradicionais têm nas diferentes perspectivas, seja de sustentabilidade econômica, ambiental, mostrando para os próprios produtores a importância de continuarem trabalhando com estes sistemas tradicionais”, afirma Longhi.

O coordenador do programa ressalta que os potreiros têm uma importância para este produtor do ponto de vista econômico, alimentar, de sustentabilidade da propriedade e é rico num conjunto de espécies do ponto de vista ambiental e ecológico. Mas ele também tem potencial para outros usos:  além das frutíferas nativas, o uso na tinturaria, na produção de óleos essenciais e de hidrolatos, que são águas florais. “A gente tem buscado valorizar economicamente estes potreiros bem como as formas culturais dos atores sociais que manejam estas áreas”, diz Longhi.

O prêmio

O prêmio reconhece as melhores práticas em projetos agrícolas, extrativistas, pesqueiros e afins, que empregam conhecimentos e técnicas da cultura de comunidades e povos tradicionais de todo o Brasil. Caracterizados pelo uso de técnicas tradicionais de produção, os Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs) envolvem espaços, práticas alimentares e agroecossistemas manejados por povos e comunidades tradicionais e por agricultores familiares, nos quais elementos culturais, ecológicos, históricos e socioeconômicos interagem, formando diferentes arranjos e técnicas produtivas (para saber mais clique aqui).

Os premiados

O primeiro lugar ficou com o projeto da Casa das Frutas de Santa Isabel do Rio Negro (AM), proposto pela Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro (ACIMRN). O projeto de conservação da agrobiodiversidade, localizado no Sertão da Paraíba, por meio da Rede de Bancos Comunitários de Sementes da Paixão do Território da Borborema (PB) ficou com o segundo lugar. A terceira colocação ficou com as comunidades de apanhadoras de flores sempre-vivas da porção meridional da Serra do Espinhaço (MG), apresentada pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA-NM).

Também foram premiados: A Associação Etnocultural Indígena Enawene Nawe, do Noroeste de Mato Grosso, pelo Ritual do Iyaokwa, que marca o início do calendário anual deste povo; o Centro Cultural Kàjre, pela feira de sementes tradicionais do povo indígena Krahô, em Goiatins, no estado do Tocantins; a Associação Comunitária dos Pequenos Criadores do Fecho de Pasto, do Oeste da Bahia, pela iniciativa dos guardiões e guardiãs do Cerrado em defesa da biodiversidade; a Associação dos Pescadores Artesanais de Porto Moz (Aspar), no Pará, pela conservação dos estoques pesqueiros e fortalecimento da entidade e da categoria; a Associação Indígena Ulupuwene, do Alto Xingu, pela festa do Kukuho (espírito da mandioca) e o Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica, em Minas, pelo Catálogo de Sementes do Alto Jequitinhonha.

*Por Maria Alice Lussani, com informações do MAPA
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS


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CETAP lança coleção de materiais sobre Abelhas Nativas Sem Ferrão

Neste dia 20 de maio de 2021, Dia Mundial da Abelha, o CETAP lança uma coleção de materiais sobre as Abelhas Nativas Sem Ferrão (ASF). É uma série de informativos técnicos, que poderão ser acessados aqui no site, onde também é possível fazer o download para impressão. Em conjunto com estes materiais, foram produzidos alguns vídeos que abordam de forma simples e rápida alguns pontos importantes para a criação das abelhas sem ferrão.

Confira o vídeo de lançamento da coletânea:

Leia a Circular Técnica de Meliponicultura – Nº 1 | A importância das Abelhas Nativas Sem Ferrão (clique na imagem para baixar)


Preparo de extrato atrativo para Abelhas Nativas sem Ferrão

Neste primeiro vídeo, você vai conhecer melhor como pode ser feito o extrato atrativo, usado para captura de enxames de abelhas nativas sem ferrão.

Leia a Circular Técnica de Meliponicultura – Nº 2 | Atrativo para captura de Abelhas Nativas Sem Ferrão (clique na imagem para baixar)

Nas próximas três semanas, novos materiais serão disponibilizados. Acompanhe o canal do Youtube do CETAP e a página com nossas publicações e tenha acesso a todos os conteúdos.


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