Ação de solidariedade distribui 24 toneladas de alimentos agroecológicos no RS

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Ação de solidariedade distribui 24 toneladas de alimentos agroecológicos no RS

Entre os dias 12 e 14 de maio foram distribuídas mais 1.000 cestas de alimentos agroecológicos para famílias em situação de vulnerabilidade social, atendidas em Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), asilos, aldeias indígenas e integrantes de cooperativas de reciclagem. As cestas foram distribuídas em 14 municípios do Rio Grande do Sul, abrangendo diferentes regiões do estado. Foram beneficiadas famílias de Porto Alegre, Passo Fundo, Caxias do Sul, Erechim, Erebango, Barão de Cotegipe, Santa Rosa, Santa Cruz do Sul, Maquiné, Terra de Areia, Torres, Osório, Riozinho e Caraá.

Os alimentos foram fornecidos por 262 famílias agricultoras, grupos agroecológicos e empreendimentos ligados a “Rede Ecoforte – valorização e uso da sociobiodiversidade e novas dinâmicas de comercialização”, que visa o fortalecimento de iniciativas de produção, processamento e comercialização de produtos, ampliando a organização de redes, cooperativas e organizações de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. A ação foi organizada pelo CETAP (Centro de Tecnologias Alternativas Populares), com sede em Passo Fundo/RS, com o apoio da Fundação Banco do Brasil, que recebeu recursos da BB Seguros, do banco BV, do Banco do Brasil e da Cooperforte.

Trabalho com produção orgânica há mais de 10 anos. Temos uma agroindústria familiar e neste momento nosso produto principal é mandioca descascada. Neste período do Coronavírus, através da parceria com o Cetap e a Fundação Banco do Brasil, estamos produzindo mandioca para entregar nas cestas que vão para famílias que precisam de alimentos, diz Darlei Libero, agricultor agroecologista, de Aratiba/RS.

Arno Goettert, integrante da Ecoterra (Associação Regional de Cooperação e Agroecologia) em Três Arroios/RS, destaca que é muito importante conseguir comercializar os produtos agroecológicos, porque as famílias agricultoras continuam sua produção, mas alguns mercados, principalmente fora do estado, suspenderam seus pedidos durante a pandemia. Também é uma grande satisfação ver pessoas que não estão conseguindo trabalhar receber esses alimentos para seu sustento.

Ação distribuiu 24 toneladas de alimentos agroecológicos

Essa ação integra um projeto que distribuiu 2.000 cestas com alimentos agroecológicos, divididos em duas etapas, a primeira no final do mês de abril e a segunda nesta semana. Ao todo foram entregues 24 toneladas de alimentos. Para o Coordenador Executivo do CETAP, Edson Klein, este projeto é inovador por valorizar todo o processo realizado pela Rede Ecoforte, que trabalha com a sociobiodiversidade local, proporcionando que os agricultores consigam escoar sua produção neste momento em que muitos espaços de comercialização estão fechados por causa da pandemia e fazendo com que alimentos de qualidade cheguem até famílias que estão precisando muito de ajuda neste momento.

Elenir Chapuis, Secretária de Assistência Social de Passo Fundo/RS, destacou que não é só a doação, mas a ação que tem que ser valorizada. “Precisamos da união de várias pessoas e segmentos para ajudar as famílias que estão enfrentando essa realidade da pandemia com muito mais dificuldades e vulnerabilidades. Vai ser com muita alegria que vamos entregar para as pessoas algo diferente hoje, uma refeição diferente para que as famílias possam usufruir e também possam ter esperança no futuro através deste gesto. Isso tudo vai passar e um dia vamos lembrar destes momentos e ver o quanto foi importante cada um de nós ter se envolvido de alguma forma” concluiu Elenir.

Cada cesta de alimentos agroecológicos contém 12 quilos de produtos: 3kg arroz; 1kg feijão; 1Kg batata doce; 1kg farinha (trigo ou milho); 3Kg tubérculos beneficiados e hortaliças (mandioca, abóbora, cenoura, alface, repolho…); 2kg frutas da época (caqui, laranja, banana, abacate…); 500gr cebola; 500gr panificados. Também acompanha cada cesta um sabão em barra. Foram frequentes os relatos de que se tratava de uma cesta muito diferente daquelas normalmente distribuídas. A diversidade de produtos proporcionou um colorido que chamou a atenção e foi elogiado pelo alto valor nutricional. Nas comunidades indígenas, foi destacado que produtos in natura e com forte relação com a cultura alimentar Guarani – como o aipim, abóbora, batata doce, farinha de milho – fizeram a diferença para o nível de satisfação manifestado.

É muito bom para nós estarmos juntos com a sociedade neste momento. São pessoas que estão sofrendo mais com o isolamento e o Banco do Brasil tem em seu DNA essa proximidade e apoio à sociedade. Em nome do Banco do Brasil, da Fundação Banco do Brasil, do BB Seguros, do banco BV, da Cooperforte e de todos os parceiros envolvidos, eu só tenho a agradecer a oportunidade de levar a estas pessoas um pouco de carinho e apoio. Para nós é um orgulho poder participar, disse Pablo Ribeiro, Superintendente Comercial do Banco do Brasil em Passo Fundo/RS.

Organizações produtivas participantes

Esta iniciativa também incentiva a economia a circular, ajudando a amenizar os efeitos da queda da comercialização de produtos, principalmente devido à vários mercados consumidores estarem fechados neste momento. Diversas organizações produtivas locais estão envolvidas nesta ação: Ecoterra (Associação Regional de Cooperação e Agroecologia), Econativa (Cooperativa Regional de Produtores Ecologistas do Litoral Norte do RS e Sul de Santa Catarina), Encontro de Sabores – Empreendimento de Economia Solidária, Ecovale (Cooperativa Regional de Agricultores Familiar), Coomafit (Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas – RS) e Coopovec (Cooperativa dos Agricultores de Porto Vera Cruz Ltda – RS).

Também organizações de assessoria da Rede Ecovida de Agroecologia, que integram o programa Ecoforte, tiveram papel fundamental na articulação e mapeamento dos diferentes públicos, na organização das cestas e no acompanhamento das entregas. São elas: ANAMA (Ação Nascente Maquiné), AREDE (Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa), Centro Ecológico e CAPA (Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia).


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