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Seminário debate dinâmicas de comercialização de alimentos agroecológicos e o fortalecimento da Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas

Nos dias 25 e 26 de novembro de 2021 aconteceu o Seminário Nacional Desafios para a construção de novas dinâmicas de comercialização no atual contexto agroecológico do sul do Brasil e o 9° Encontro Estadual da Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas do RS, com o objetivo de difundir dinâmicas de comercialização articuladas de forma coletiva, em espaços inter-regionais, debatendo sua relação com o contexto atual da sustentabilidade e da agroecologia. A atividade realizada em Passo Fundo/RS, reuniu representantes de grupos de agricultores agroecologistas, entidades de assessoria técnica, associações de agricultores, cooperativas, grupos de economia solidária e empreendimentos urbanos.

Na abertura, Edson Klein, coordenador executivo do CETAP (Centro de Tecnologias Alternativas Populares), entidade responsável pela organização do evento, destacou a importância de realizarmos encontros para discussão das dinâmicas de comercialização de alimentos agroecológicos e produtos do extrativismo sustentável, pois compartilhar experiências, êxitos e dificuldades contribuem para melhor planejar as ações futuras. Lídia Rocha Figuero, do empreendimento Encontro de Sabores, que trabalha com o processamento de frutas nativas, reforçou a importância de atividades como esta para continuar o fortalecimento e a ampliação da Cadeia Solidária das Frutas Nativas.

Inicialmente foi realizada uma retomada histórica do trabalho de resgate e valorização das frutas nativas, destacando os antecedentes que possibilitaram a criação da Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas do Rio Grande do Sul (CPSFN) e como essa articulação vem sendo construída nos últimos anos. Também foram lembrados os temas e principais encaminhamentos dos oito encontros estaduais já realizados. Na sequência, cada região fez uma apresentação de como estão organizados os fluxos e as dinâmicas de produção, processamento e comercialização dos produtos, o que possibilitou identificar os diferentes atores e atrizes que fazem parte deste processo e como eles se inter-relacionam.

Os participantes também puderam acompanhar a apresentação do estudo que vem sendo conduzido por Jairo Antonio Bosa, que busca identificar as principais características da Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas. A partir de uma pesquisa realizada com integrantes desta cadeia, estão sendo identificados alguns aspectos inovadores desta experiência, as principais vantagens deste modelo e também alguns limites que precisam ser superados para a ampliação do volume de produção e melhoria da viabilidade econômica.

Gilmar Ostrowski, representante da Ecoterra – Associação Regional de Cooperação e Agroecologia, com sede em Três Arroios/RS, foi convidado a apresentar como funciona a dinâmica de comercialização do Circuito Sul da Rede Ecovida de Agroecologia. Ostroski retomou brevemente a história da Ecoterra e como aconteceu a decisão de buscar novos mercados nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo para comercializar os alimentos orgânicos produzidos na região Alto Uruguai do Rio Grande do Sul, dando origem ao Circuito Sul de Comercialização. Foi detalhado como funciona o planejamento da produção, a política de preço dos produtos e a garantia de venda integral da produção pela Ecoterra. Os integrantes da CPSFN puderam trocar informações sobre custos e modelos de processamento, armazenamento e logística, debatendo como a experiência consolidada da Ecoterra pode inspirar o fortalecimento da cadeia das frutas nativas, especialmente no aspecto da gestão e comercialização dos produtos.

O segundo dia do evento buscou privilegiar a participação e troca de informações entre todos os participantes. Foram organizados quatro grupos de trabalho para debater as perspectivas e desafios da CPSFN.  Na parte final foi apresentada a nova composição da Coordenação da CPSFN, com as indicações das regiões e aprovado o ingresso de dois novos empreendimentos que passam a integrar a cadeia: Yatay Saboaria e Cosmética Natural, de Porto Alegre/RS, que trabalha com hidrolatos, óleos essenciais, cosméticos e biocosméticos; e Agroindústria Yatay, de São José do Inhacorá/RS, que atua no processamento do butiá na região das missões. Esta atividade foi realizada com o apoio da IAF (Fundação Interamericana), dentro do projeto de cooperação com o CETAP, para fortalecimento da articulação em redes de assessoria, produção e comercialização.


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O extrativismo sustentável contribui na conservação das espécies florestais nativas e seus ecossistemas

A prática do extrativismo, em diferentes ambientes, com intensidades distintas de intervenção humana, é uma atividade que tem garantido o sustento de diversas comunidades no Brasil e, ao mesmo tempo, contribuído significativamente para a conservação ambiental.

O extrativismo sustentável proporciona o aumento da soberania e segurança alimentar, energética, de moradia e de utensílios de uso diário. Associado a isso, essa prática tem permitido que um conjunto de espécies se mantenham valorizadas, o que tem ocasionado um resultado positivo na conservação das mesmas e de fragmentos florestais e campestres onde elas ocorrem. O CETAP atua há mais de 20 anos na promoção das atividades de extrativismo sustentável, impulsionando cadeias produtivas estruturadas com base num processo de interoperação e complementariedade entre diversos públicos.

Impulsionar e desenvolver ações que estimulem o extrativismo sustentável é essencial do ponto de vista da reprodução social de diversos grupos, especialmente dos povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares, bem como dos diversos ambientes florestais e campestres distribuídos nos seis biomas brasileiros. Os bens e serviços fornecidos pela biodiversidade movem as economias e promovem o bem-estar humano, além disso, ampliam a funcionalidade ecológica, restaurando e mantendo os ciclos ecológicos dos ecossistemas locais. Extrativismo sustentável é uma ideia que melhora o mundo!


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Sem água, sem vida!

Consumo humano, dessedentação animal e irrigação são alguns dos usos básicos que garantem a manutenção da vida no planeta. Os corpos hídricos como nascentes, vertentes e córregos cumprem fundamental função na segurança e soberania hídrica, tanto no espaço rural, como no urbano. Para que as nascentes permaneçam fortes e com água de qualidade é importante que existam condições que permitam sua infiltração e posterior armazenamento temporário nas vertentes.

Na natureza quem faz esse papel são os seres vegetais, principalmente as árvores. É através de suas grandes e complexas raízes que a água pode encontrar espaços no solo e penetrar nas camadas mais profundas sendo, ao mesmo tempo, filtrada e eventualmente armazenada nos lençóis freáticos e aquíferos. O uso de espécies nativas adaptadas às regiões no entorno das nascentes, conhecida como mata ciliar, tende a ampliar o grau de ecologização e biodiversidade da propriedade, ocupando diferentes estratos e atraindo polinizadores, aves e fauna.

Portanto, proteger as vertentes com vegetação é plantar água. A escassez hídrica é um dos grandes desafios para as próximas gerações, evidenciando os riscos das mudanças climáticas. Por isso, o CETAP atua na promoção, conservação e potencialização do uso da água, buscando soluções versáteis, acessíveis e pedagógicas, mas também práticas que ofereçam alternativas imediatas para ampliar e melhorar o acesso à água, além da recuperação de áreas degradadas. Recuperação de fontes de água e revitalização de nascentes são ideias que melhoram o mundo.


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Compostagem é eficiente na gestão de resíduos orgânicos e reduz a emissão de gases do efeito estufa

A prática da compostagem é uma das melhores opções para a gestão de resíduos orgânicos, ao mesmo tempo em que reduz os impactos ambientais. A compostagem é o processo natural de decomposição da matéria orgânica que ajuda a melhorar a qualidade do solo. É considerada uma técnica de reciclagem do lixo orgânico, onde o adubo (composto) gerado pode ser usado na agricultura ou em jardins e plantas.

A compostagem adequada de restos de alimentos pode reduzir a dependência de fertilizantes químicos, ajudar a recuperar a fertilidade do solo e melhorar a retenção de água e a entrega de nutrientes às plantas. Além disso, ao reduzir o desperdício de alimentos, a técnica também ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa que afetam a mudança climática.

O lixo orgânico, muitas vezes, é descartado em lixões, ruas, rios e matas, poluindo o meio ambiente, além disso, o acúmulo de resíduos orgânicos a céu aberto favorece o desenvolvimento de bactérias, vermes e fungos que causam doenças nos seres humanos. A redução da geração de lixo é um importante fator que contribui para a minimização dos problemas ambientais. A compostagem também ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa que afetam a mudança climática. Faça sua parte, separe corretamente os resíduos na sua casa. Compostagem é uma ideia que melhora o mundo!


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Consumir alimentos agroecológicos promove o uso sustentável dos recursos naturais

Os consumidores têm um papel importante na definição de demandas e na exigência de qualidade dos alimentos que estão sendo produzidos e consumidos, pois isso afeta diretamente sua saúde e qualidade de vida. Assim, uma relação próxima entre agricultores e consumidores é imperativo para que se evolua e se expanda a proposta da produção ecológica como estratégia de desenvolvimento sustentável para esta e para as próximas gerações.

Prefira sempre alimentos agroecológicos! Esses alimentos podem ser de origem vegetal ou animal e compõem sistemas de produção que promovem o uso sustentável dos recursos naturais, eliminam contaminantes, protegem a biodiversidade, contribuem na desconcentração das terras produtivas e ampliam a geração de trabalho no meio rural, respeitando e aperfeiçoando saberes e formas de produção tradicionais.

A venda direta aproxima o público consumidor e os agricultores e possibilita promover “ajustes” de interesses em favor da agricultura ecológica, biodiversa e da alimentação saudável. Quando as partes refletem sobre o que os aproxima e o que limita as aproximações, tendem a promover empatia e uma relação de maior confiança. Redes de consumidores e agricultores é uma ideia que melhora o mundo!


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O trabalho de capacitação e educação ambiental é fundamental para minimizar as mudanças climáticas

O ser humano tem causado graves impactos na biodiversidade, seja pela exploração predatória de recursos naturais, pela poluição ou introdução de espécies exóticas nos ecossistemas. Estamos sofrendo com a perda e alteração de habitat, o aumento de patógenos (organismos que são capazes de causar doença), o aumento de tóxicos no meio ambiente, a perda da diversidade alimentar e as mudanças climáticas.

Precisamos pensar estratégias para minimizar esses efeitos nocivos. E a agroecologia é uma delas! Preservar a biodiversidade é um dos objetivos da agroecologia, para que o cultivo seja ambientalmente sustentável não se utiliza agrotóxico, adubos químicos e nem transgênicos, cultiva-se sementes que podem ser produzidas pelos próprios agricultores, sempre respeitando o ecossistema e plantando espécies nativas da região. O CETAP tem entre seus objetivos trabalhar com a educação ambiental em diferentes espaços, desenvolvendo atividades de formação técnica, socioambiental, de caráter educacional e/ou cultural visando o desenvolvimento sustentável. Educação ambiental é uma ideia que melhora o mundo!


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Abelhas são essenciais para a produção de alimentos e conservação florestal

As Abelhas Nativas Sem Ferrão (ASF) têm um papel muito importante na natureza, principalmente em relação à polinização. São espécies que no processo evolutivo se adaptaram às características do nosso ambiente, fauna e clima. Por isso o CETAP vem incentivando a criação destas abelhas nas áreas de cultivo e manejo orgânico e agroflorestal. A Mata Atlântica é constituída por muitas espécies, então quanto maior a diversidade de abelhas nativas, maior a influência na reprodução de espécies que estão ameaçadas e mais equilibrado é o ambiente florestal.

As abelhas desempenham um papel essencial na produção de alimentos e as famílias agroecologistas que iniciaram o trabalho com ASF ressaltam os resultados muito positivos desta parceria. O trabalho com Abelhas Nativas Sem Ferrão (ASF) também abre muitas possibilidades, estabelecendo relação com diferentes temáticas na área da produção, saúde, alimentação, educação ambiental… O fato destas abelhas serem dóceis e não possuírem ferrão, possibilita que sejam criadas em ambientes como praças públicas e escolas, além de residências no meio urbano e rural, mostrando que não é só possível, mas necessária nossa coexistência. Criação de Abelhas Nativas Sem Ferrão é uma ideia que melhora o mundo!


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Agricultura Urbana e Periurbana: caminhos para estimular novas atitudes e transformar realidades

Quando escolhemos o que comer, escolhemos também que sociedade e planeta estamos promovendo. Utilizar espaços ociosos em áreas urbanas para produção de alimentos agroecológicos é um dos objetivos do trabalho realizado pelo CETAP em centros urbanos, como Passo Fundo/RS. A produção de alimentos, seguindo os princípios da agroecologia, melhora as condições do ambiente, aumentando a qualidade nutricional e minimizando o aquecimento global.

Este trabalho já trouxe importantes resultados: transformação de espaços ociosos com produção de alimentos para autoconsumo; utilização de hortas urbanas e periurbanas para contribuir no processo educativo e terapêutico; distribuição dos alimentos produzidos para as famílias envolvidas; uso de plantas medicinais como alternativa de cuidado e incentivo à compostagem doméstica para fomentar a produção nas hortas. É importante estimular entidades, gestores públicos e a população sobre a importância da produção de alimentos para fortalecer a segurança alimentar das famílias urbanas. Agricultura urbana é uma ideia que melhora o mundo!


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Produção agroecológica reduz impactos negativos da ação humana sobre a natureza

A agricultura amplamente difundida hoje é uma intensa produção de vegetais, a partir do uso da mecanização, de agrotóxicos e adubos químicos, que resultam, muitas vezes, em alimentos de baixa qualidade nutricional e com grande impacto ambiental, contaminando o solo e a água. Já a produção de alimentos seguindo os princípios da agroecologia contribuem para a redução dos impactos negativos da atividade humana sobre a natureza, melhorando as condições do ambiente, aumentando a qualidade nutricional e minimizando o aquecimento global.

A agroecologia como ciência, tem o princípio de desenvolver formas de cultivos e criação sem uso de substâncias químicas danosas à saúde dos seres humanos e ao meio ambiente, adaptadas às condições dos ecossistemas locais, a fim de não comprometer os ciclos ecológicos. Estas ações têm grande impacto também no clima do planeta, inclusive pela grande diferença de consumo energético para a produção de alimentos.

Escolha alimentos agroecológicos. Como eles não têm agrotóxicos e adubos químicos, são bons para a sua saúde, para a saúde do agricultor e também da terra. Produção de alimentos agroecológicos é uma ideia que melhora o mundo!


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Construção de sistemas agrícolas produtivos ecológicos

A necessidade de se encontrar alternativas para a construção de sistemas agrícolas produtivos ecológicos, perpassa compreender o solo enquanto organismo vivo! Desde a sua criação, o Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP) vem desenvolvendo junto a grupos de agricultores familiares manejos que estejam em consonância com a realidade e possibilitem uma maior autonomia destas famílias. Manejar plantas de cobertura, passando pela importância da agrobiodiversidade para a eficiência do controle biológico, até a implantação de sistemas agroecológicos com animais, são alguns exemplos de manejos agroecológicos praticados por agricultores e agricultoras assessorados pelo CETAP. Manejo agroecológicoé uma ideia que melhora o mundo!


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