Monthly Archives: novembro 2022

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Alunos da EMEF Urbano Ribas visitam sede do CETAP

Estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental e professoras da Escola Municipal de Ensino Fundamental Urbano Ribas, de Passo Fundo/RS, realizaram uma visita ao CETAP, dia 17 de novembro. O grupo de 25 alunos e professores veio aprender um pouco mais sobre a importância das abelhas na natureza, aproveitando o espaço da Unidade de Referência em Meliponicultura Urbana, instalada na sede, em Passo Fundo.

A iniciativa partiu da escola, que procurou o CETAP por conhecer o trabalho desenvolvido com abelhas nativas sem ferrão, no intuito de aprofundar o estudo sobre polinização e produção de alimentos. Na oportunidade, foi dialogado sobre os conhecimentos prévios das crianças sobre abelhas e polinização e a importância desses dois tópicos para o equilíbrio ambiental e a produção de alimentos. A equipe técnica do CETAP também conversou sobre as características e diferenças entre abelhas com ferrão e as nativas sem ferrão. As crianças observaram caixas racionais com enxames de abelhas para ver como é sua estrutura e participaram de um jogo lúdico de criação de histórias sobre o dia de uma abelha.


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Atender necessidades diferentes para dar oportunidades iguais para tod_s!

A igualdade é baseada no princípio da universalidade, ou seja, que todas e todos devem ser regidos pelas mesmas regras e devem ter os mesmos direitos e deveres. A equidade, por outro lado, reconhece que não somos todas(os) iguais e que é preciso ajustar esse “desequilíbrio”.

Se nosso objetivo é garantir que as pessoas desfrutem das mesmas oportunidades, não podemos deixar de considerar as diferenças individuais.

Quando a sociedade caracteriza as mulheres como frágeis, meigas, choronas, está limitando melhores oportunidades e impondo desigualdades. As estatísticas confirmam essa posição desigual. Do ponto de vista econômico, as mulheres são mais pobres que os homens e, considerando as dimensões étnicas e raciais, as mulheres negras, não só recebem menos que os homens, como também menos que as mulheres brancas, tendo ainda menos acesso à propriedade da terra.

Nos espaços rurais, as mulheres têm um papel fundamental nos sistemas alimentares, representando, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas, cerca de 40% da força de trabalho agrícola nos países em desenvolvimento. No entanto, elas não têm poder semelhante ao dos homens, além de ter uma renda inferior, menos de 20% das áreas de plantação são propriedades de mulheres.

É preciso transformar a sociedade para que todos e todas tenham o mesmo acesso a ferramentas, conhecimento e oportunidades.

VOCÊ SABIA?

Feminismo é uma filosofia de vida e um movimento social que reivindica a equidade de direitos e oportunidades entre mulheres e homens. Há muitas vertentes do feminismo (negro, marxista, ecofeminismo, interseccional, liberal, anarquista, entre outros) essas frentes representam a diversidade das realidades das mulheres ao redor do mundo e, a partir do aprofundamento, podemos encontrar o que mais representa você.

Empatia é a capacidade psicológica de sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, ou seja, colocar-se no lugar do outro. Está intimamente ligada ao altruísmo – amor e interesse pelo próximo – e à capacidade de ajudar.

Patriarcado é a base do debate sobre machismo, ele caracteriza um padrão de sociedade que dita como homens e mulheres devem ser e se comportar. No patriarcado, há uma visão de que quem está “no controle” são os homens.  O patriarcalismo, com o tempo, desenvolveu privilégios masculinos e permitiu que o machismo surgisse.

Empoderamento feminino é o ato de conceder o poder de participação social às mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos, como a total igualdade entre os gêneros. O empoderamento feminino busca o direito das mulheres de poderem participar de debates públicos e tomar decisões que sejam importantes para o futuro da sociedade, principalmente nos aspectos que estão relacionados com a mulher. Além de promover a consciência de que a mulher é dona do seu próprio corpo, do seu desejo e das suas escolhas.

Sororidade tem como essência a união entre as mulheres. Sororidade é sobre empatia, solidariedade, companheirismo e respeito entre as mulheres. Defende a ideia de que juntas somos mais fortes e que precisamos umas das outras para buscarmos a liberdade e os direitos que reivindicamos. A sororidade nos ensina que o apoio entre mulheres é necessário mesmo que elas vivam em realidades diferentes (urbanas, rurais, periurbanas, negras, brancas…). Conseguir acolher e se sensibilizar com as dificuldades e os desafios é o caminho para exercer o cuidado mútuo.

Autonomia e liberdade

Estudar ou não; formar-se nisso ou naquilo; manter-se agricultora; ter participação política no sindicato e nos movimentos; coordenar um grupo ou núcleo da Rede Ecovida; querer e lutar pela titularidade da terra; produzir de forma agroecológica… se para os homens estas podem ser simples escolhas de vida, para as mulheres, cada opinião declarada, cada decisão, representa um marco na luta por autonomia e liberdade.

Afinal, ao longo da história, essas decisões sobre os rumos de suas próprias vidas foram constantemente negadas. A ideia do patriarcado é que os homens sejam considerados a referência, com poder de decisão sobre a vida das mulheres e os rumos da família, desta forma, definindo também as regras sociais.

Para o feminismo, autonomia e liberdade são sempre duas ideias que andam juntas. Para uma mulher agir com autonomia, ela precisa ser livre para pensar por si mesma e pensar em si. Ela precisa estar liberta das imposições da sociedade, que determinam o que deve fazer e como se comportar.

Lutar pela autonomia e liberdade das mulheres significa defendermos que as decisões sobre os rumos de suas vidas sejam tomadas por elas próprias, decidindo por sua própria avaliação, o que é melhor fazer a cada situação que a vida apresenta.

A Campanha pela Equidade de Gênero é desenvolvida pelo CETAP em parceria com a Rede Terra do Futuro (Framtidsjorden). Você pode acessar o panfleto da campanha no link abaixo:


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Formação sobre Abelhas Nativas Sem Ferrão fortalece as práticas agroecológicas e oferece alternativas para jovens da Região Sul

Dentre os princípios fundamentais das práticas agroecológicas, as questões da preservação da água e dos solos são as que costumam ter maior ênfase no cotidiano de agricultores e suas organizações. Com importância equivalente na manutenção de uma agricultura sustentável, a abordagem teórica e prática sobre os processos de polinização vem ampliando seu espaço nestes ambientes. É o caso do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), que desenvolve ações permanentes como palestras, debates e cursos sobre as Abelhas Nativas Sem Ferrão (ANSF). O trabalho estimula a conservação, o manejo e multiplicação destas espécies, que respondem por 40 a 90% da polinização de árvores nativas, dependendo da região.

Nos dias 11 e 12/11, o CETAP realizou em Erechim e Aratiba (RS) uma formação sobre ANSF, voltada ao público local e aos grupos de jovens que vieram das regiões de Palmeira (PR), Lages e Florianópolis (SC).  De origens diversas, os 20 jovens representam assentados indígenas, agricultores, consumidores, técnicos extensionistas e estudantes de Agroecologia, mobilizados pela atuação conjunta das entidades CETAP, Cepagro, ASPTA e Centro Vianei. No primeiro dia da Formação, uma atividade introdutória exclusiva a este grupo foi realizada pelos anfitriões de Erechim.

O técnico do CETAP Edson Klein foi o responsável pelo acolhimento dos participantes em seu sítio. Além de um multiplicador de conhecimento, ele também realiza o manejo permanente de uma criação que hoje soma 160 caixas de diversas espécies de abelhas nativas. A prática foi iniciada com a revisão do meliponário, introduzindo o conjunto de tarefas cotidianas que envolvem a lida com os animais, desde a captura de novos enxames à alimentação suplementar em períodos de escassez de floradas. 

 “Se ficarmos um período de 4 anos sem abelhas, ficamos também sem alimentos”, ressaltou Edson em suas falas iniciais, destacando o papel fundamental da polinização e as ameaças sofridas pelas ANSF, principais responsáveis por este serviço ambiental. As atividades preliminares de preservação iniciam-se com a captura de novos enxames, a partir de armadilhas simples feitas com garrafas PET, jornal e plástico preto. Com estes artefatos, simula-se o habitat próximo ao natural da maioria das ANSF, que geralmente fazem seus ninhos em ocos de árvores. Como isca é utilizado o geoprópolis, substância produzida pelas abelhas contendo seus ferômonios, diluído em álcool 70º.

Os alunos puderam conferir o resultado da aplicação de uma armadilha, que permaneceu em um ponto fixo por volta de 45 dias até a consolidação do novo enxame. Utilizando um estilete, Edson fez a retirada das camadas de plástico preto e jornal em volta da garrafa, responsáveis pelo equilíbrio térmico e controle da luminosidade no ambiente. Depois, foi rompida a embalagem da PET e exibida a bela e complexa estrutura de nidificação de uma ANSF, naquele caso da espécie Plebeia emerina. Por fim foram apresentados os procedimentos de transferência do ninho, que ganha sua morada definitiva em pequenas caixas de madeira com 4,5 cm de espessura, dimensionadas assim para um correta regulação térmica. Cada ninho pode ser multiplicado inúmeras vezes, de acordo com o processo de formação das rainhas, cuja dinâmica é distinta entre os gêneros Melípona e Trigona.

No dia seguinte, um Seminário Técnico sobre as ASNF foi realizado no município vizinho de Aratiba, ampliado para o público local e atingindo cerca de 100 participantes. O Seminário foi apoiado pelo projeto que o CETAP possui com MISEREOR, COOPERTEC, CRESOL e RGE. A atividade iniciou-se com a palestra “Regularização e Regulamentação de Meliponários”, proferida por Flávio Flores Pires, da Divisão de Fauna da SEMA/RS (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura). A partir da exposição de legislações federal e estadual, foi esclarecido que um meliponário contendo até 49 colmeias não necessita de autorização, desde que não tenha função comercial. Excedido este número, ou no caso de fins comerciais, os responsáveis pela criação devem procurar o órgão ambiental para regularizar a atividade. Os enxames devem também ser restritos às abelhas nativas de cada Estado, cuja lista no Rio Grande do Sul apresenta 24 espécies. Podem ser autorizadas espécies de ANSF de outros Estados, desde que aprovadas em uma análise de risco feita pelas autoridades competentes.

Na parte da tarde, o meliponicultor Silvano Mohr, representando a CRESOL, abriu as portas de seu meliponário para a realização de oficinas práticas. Os participantes revezaram-se em 3 sessões simultâneas, onde aprenderam as técnicas de transferência e multiplicação de enxames, métodos de captura e alimentação suplementar. O evento foi encerrado com um café 100 % agroecológico, com produtos a base de pinhão e frutas nativas como guabiroba, butiá e araçá vermelho. A refeição foi preparada pelo empreendimento Encontro de Sabores, parceiro do CETAP que trabalha com a promoção e valorização destes produtos do extrativismo nas regiões Norte e Nordeste do RS. O preparo do almoço, também integralmente com produtos agroecológicos em que se destacaram a paçoca de pinhão e o porco crioulo com calda de jabuticaba, foi feito por um grupo de mulheres da agroindústria Flor de Pitanga de Itatiba do Sul.

No final do encontro, os jovens participantes fizeram uma avaliação do que aprenderam e relataram ideias do que pretendem fazer com o aprendizado. Jéssica Kerexu, de 22 anos, disse que vai multiplicar o tema com seus alunos na escola da aldeia guarani em Biguaçu (SC) onde ela leciona. O manejo de abelhas sem ferrão é ideal para a prática com crianças, uma vez que não oferece os riscos de picadas como ocorre com as espécies africana e europeia. Nicole, de Rio Azul (PR), contou que a expectativa é utilizar as ANSF para polinizar o morango orgânico na propriedade da família, que está passando por um processo de diversificação de lavouras de tabaco. Processos contínuos de formação para a juventude seguem no foco das ações desenvolvidas em rede pelo CETAP, Cepagro, ASPTA e Centro Vianei, atendendo a essas e outras demandas levantadas pelos beneficiários. 

* Por Fernando Angeoletto, jornalista do projeto Misereor em Rede (CETAP, Cepagro, ASPTA e Centro Vianei)


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Seminário debate sobre o sistema de plantio direto de hortaliças

Com o objetivo de oportunizar formação para agricultores e agricultoras familiares nos temas relacionados à agroecologia, aconteceu no dia 10 de novembro, na sede da Cresol, em Sananduva/RS, um Seminário Técnico sobre SPDH – Sistema de Plantio Direto de Hortaliças. Participaram 60 pessoas, entre agricultores familiares e representantes de entidades parceiras da produção agroecológica na região.

O SPDH prevê um conjunto de práticas, mas o principal é a proteção permanente do solo com palhas, utilizando plantas de cobertura para formar biomassa. Isso significa reduzir o estresse relacionado a fatores como temperatura, umidade, luminosidade entre outras contribuições.

O sistema de plantio direto possibilita o desenvolvimento da microbiologia do solo, sendo esses microrganismos responsáveis por uma porcentagem significativa do sequestro de carbono no solo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das plantas. O sistema de plantio direto de hortaliças na palha é uma tecnologia de domínio das famílias e que através de momentos formativos como este e visitas, podemos fazer com que mais propriedades possam aderir, diminuindo a necessidade de aplicar insumos externos, mantendo mais água no sistema e resultando num solo de qualidade para as plantas.

Como resistência e também como base de uma nova proposta de desenvolvimento, a agricultura familiar agroecológica tem função estratégica na produção, mas também na sua condição de multifuncionalidade em temas como segurança e soberania alimentar, geração de trabalho e renda, dinamização econômica, conservação ambiental, proteção e preservação da biodiversidade, preservação cultural e valorização da vida no campo.

Fica o desafio de avançarmos nas áreas com produção orgânica, onde a transição iniciada pelo sistema de plantio direto sobre a palha contribui na redução de custos de produção, mantêm a produtividade e cria autonomia para as famílias.

O seminário foi um momento de retomarmos a trajetória da construção da agroecologia, onde grupos se articulam para construir alternativas ao modelo convencional de produção. Através de suas organizações, famílias agricultoras apoiam-se mutuamente para permanecer na agricultura, produzindo alimentos, com domínio dos meios de produção. Os Seminários Técnicos sobre Agroecologia são uma promoção da COOPERTEC e CETAP, com o apoio da Cresol.


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Mudanças Climáticas: a agroecologia é o caminho  

Alterações climáticas em diversos ciclos ecológicos, em especial o ciclo do carbono, ou como é popularmente conhecido, o aquecimento global, devem ganhar cada vez mais a nossa atenção. A promoção de um sistema alimentar de base agroecológica, desde a produção, passando pelo processamento, até as dinâmicas de comercialização, mais que uma possibilidade, tornou-se uma necessidade, frente aos desafios globais que vivemos.

O CETAP, ao longo da sua história, tem como elemento central de suas ações no campo produtivo, os temas de manejo ecológico do solo, valorização e uso da sociobiodiversidade e o cuidado dos ecossistemas locais. Para isso, tem buscado promover junto a grupos e famílias agricultoras e extrativistas, diferentes arranjos produtivos, como sistemas agroflorestais, manejo sustentável de áreas de extrativismo, criação animal ao ar livre, conservação e criação de polinizadores (abelhas nativas sem ferrão), produção diversificada de alimentos ecológicos e agricultura urbana.

Semear ideias que melhoram o mundo

“Consumindo alimentos agroecológicos, produzidos na nossa região, incentivamos a recuperação e ampliação da biodiversidade e contribuímos com a preservação do planeta, agindo contra a mudança global do clima”.

É importante destacar a base que fundamenta a agricultura ecológica, que por vezes pode ser entendida ou interpretada de forma simplória, como meramente uma substituição de insumos. A produção agroecológica se conecta com o ciclo da matéria orgânica, que é a fonte de nutrientes, aminoácidos e outros elementos fundamentais para a vida do solo e a nutrição de plantas e animais. Sendo assim, a agricultura ecológica contribui também para a melhoria da qualidade ambiental e a restauração dos ciclos ecológicos, além de ter influência direta na qualidade de vida de agricultores e agricultoras.

Entretanto, quando falamos em atividades agropecuárias baseadas em insumos químicos (como adubos e agrotóxicos), alimentação animal industrializada (como rações), estamos falando de um sistema de produção baseado em uma cadeia produtiva altamente artificializada em todas as suas etapas. Trata-se de um sistema poluente que compromete drasticamente a qualidade ambiental, contaminando a água e, obviamente, tendo um grande impacto nas emissões de CO².

Pensando nessas cadeias produtivas longas e negativamente impactantes ao ambiente, podemos observar alguns poucos exemplos, dentre os milhares que temos, com enfoque no consumo de água, somando os custos em cada etapa da cadeia produtiva, desde a extração de minerais para fertilizantes, produção, industrialização e distribuição:

  • 1 kg de carne bovina = 15.400 litros de água
  • 1 litro de cerveja = 155 litros de água
  • 1 litro de Coca-Cola = 70 litros de água

A partir desses dados, podemos ter uma ideia da quantidade de gás carbônico que uma agricultura de base industrial lança na atmosfera todos os dias.

Para demonstrar o impacto que a produção de alimentos “convencionais” causa, usaremos como exemplo a imagem que representa a produção de ovos de granja (mas que poderia ser aplicada a diversos outros alimentos), onde um ovo (cerca de 60 gramas), necessita de 200 litros de água para ser produzido.

Diferente deste sistema convencional de produção, processamento e distribuição de alimentos, que existe em escala global, os custos ambientais do sistema alimentar agroecológico são muito menores, em todas as etapas.

Por exemplo, na produção agroecológica não se utilizam adubos químicos e agrotóxicos, produtos que têm na sua matriz o combustível fóssil, um dos grandes responsáveis pela emissão de gás carbônico. Outro exemplo é que partimos do princípio de desenvolver sistemas de produção que não alterem drasticamente o ecossistema local, com isso, reduzimos significativamente o desmatamento e a conversão de outros ambientes.

Ao optar por produzir e consumir produtos agroecológicos, oriundos dos mais diversos arranjos produtivos, estamos contribuindo significativamente com a mitigação nos impactos das mudanças climáticas

Construindo um futuro sustentável

Os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

Até 2030, um dos objetivos é garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas e que melhorem a qualidade do solo.

Também busca-se manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas e animais, garantindo o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais.

No trabalho cotidiano do CETAP desenvolvemos ações que colaboram diretamente com 10 dos 17 Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável:

  1. Erradicação da pobreza – Erradicar a pobreza em todas as formas e em todos os lugares
  2. Fome zero e agricultura sustentável – Erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável
  3. Igualdade de gênero – Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas
  4. Água potável e saneamento – Garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos
  5. Trabalho decente e crescimento econômico – Promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos
  6. Redução das desigualdades – Reduzir as desigualdades no interior dos países e entre países
  7. Consumo e produção responsáveis – Garantir padrões de consumo e de produção sustentáveis
  8. Ação contra a mudança global do clima – Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos
  9. Vida terrestre – Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e travar a perda da biodiversidade
  10. Parcerias e meios de implementação – Reforçar os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável

A Campanha sobre a Emergência Climática é desenvolvida pelo CETAP em parceria com a Rede Terra do Futuro (Framtidsjorden). Você pode acessar o panfleto da campanha no link abaixo:


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Pequenos meliponicultores preservando o meio ambiente

O 1º Seminário da Escola Municipal de Educação Infantil Padre Alcides, de Passo Fundo/RS, realizado no dia 5 de novembro, foi uma oportunidade de compartilhar com a comunidade escolar e também com a comunidade em geral o processo pedagógico de trabalho da escola, através de oficinas e trocas de experiências. O CETAP desenvolve um trabalho de educação ambiental e segurança alimentar, em parceria com a escola, há vários anos, especialmente na assessoria da horta escolar e, mais recentemente, com a criação de abelhas sem ferrão.

Durante a manhã foram realizadas três oficinas gratuitas sobre criação de Abelhas Nativas Sem Ferrão, com a assessoria da equipe técnica do CETAP. Foram abordadas a confecção de iscas e extrato para capturas, a alimentação complementar para enxames, a transferência de enxames para a caixa de abelhas e o controle de forídeos, além dos principais cuidados no manejo até a divisão de enxames. A participação nas oficinas foi muito boa, com muita interação e partilha de experiências entre os participantes. Foi destaque o interesse de várias pessoas na criação de abelhas sem ferrão, especialmente no espaço urbano.

Após as oficinas, foi realizada uma apresentação sobre o Processo Pedagógico de Trabalho na Escola Municipal de Educação Infantil Padre Alcides. A diretora da Escola, professora Gerusa Zanotto, destacou a caminhada de construção coletiva do projeto pedagógico, buscando atender as principais demandas da comunidade local. Também a professora Danielli Jury, coordenadora pedagógica, comentou sobre o envolvimento de toda a equipe de professores nos projetos interdisciplinares, focando em ações práticas para estimular o diálogo e promover a construção do conhecimento. Também foi destaque a importância de parcerias para inovar no processo educativo.

Na sequência, os participantes degustaram alimentos preparados pelo empreendimento Encontro de Sabores, de Passo Fundo, que elabora pratos a partir da sociobiodiversidade nativa do Rio Grande do Sul. Salgados, bolos e sucos naturais foram servidos e apreciados por pais, estudantes, professores e participantes das oficinas.

Na parte externa da escola foram montadas bancas com exposições, demonstrações e serviços oferecidos pelos Projetos de Extensão da Universidade de Passo Fundo, Serviço de Hemoterapia do Hospital São Vicente de Paulo, Feira Ecológica da Coonalter, ESF Adirbal Corralo e Prefeitura Municipal de Passo Fundo. As crianças também contaram com brinquedos infláveis e atividades de recreação.

O evento foi promovido pela EMEI Padre Alcides e pelo CETAP, integrando as atividades do projeto Consumidores e Agricultores em Rede, desenvolvido em parceria com a Misereor. Foram apoiadores a Universidade de Passo Fundo, a Coonalter, o Encontro de Sabores, o Hospital São Vicente de Paulo e a Prefeitura Municipal de Passo Fundo. A escola fica na Rua Jorge Dadia, 117, Bairro Victor Issler, em Passo Fundo.


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Alunos da Educação Infantil visitam Unidade de Referência em Meliponicultura Urbana na sede do CETAP

No dia 26 de outubro um grupo de alunos da Educação Infantil do Colégio Marista Conceição, de Passo Fundo/RS, realizou uma visita na sede do CETAP, para conhecer o Meliponário Urbano e conversar sobre a importância das abelhas para a polinização e produção de alimentos.

O grupo de aproximadamente 25 crianças, acompanhado das professoras, assistiu um pequeno vídeo sobre o papel das abelhas na natureza e conversou com a equipe técnica do CETAP sobre as características das melíponas e diferenças entre abelhas com ferrão e as abelhas nativas do nosso estado, que não possuem ferrão.

Os alunos foram divididos em grupos para observarem algumas espécies de abelhas nativas sem ferrão (ASF) que fazem parte do meliponário instalado na sede do CETAP, no Bairro Boqueirão, em Passo Fundo. As crianças, com aproximadamente cinco anos de idade, puderam observar e conversar sobre as caixas racionais, as diferentes formas dos discos de cria das abelhas, a organização do trabalho e características dos enxames, além de ter um contato direto com estas abelhas, que são dóceis e não oferecem risco para as pessoas.

O grupo também teve a oportunidade de conhecer o espaço físico da sede do CETAP, que possui um conjunto de árvores nativas. Também foram realizados jogos lúdicos e educativos sobre o tema das abelhas. A proposta é preparar outros momentos como este, abrindo o espaço do CETAP para visitação e educação ambiental para a comunidade local.


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