Atender necessidades diferentes para dar oportunidades iguais para tod_s!

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Atender necessidades diferentes para dar oportunidades iguais para tod_s!

A igualdade é baseada no princípio da universalidade, ou seja, que todas e todos devem ser regidos pelas mesmas regras e devem ter os mesmos direitos e deveres. A equidade, por outro lado, reconhece que não somos todas(os) iguais e que é preciso ajustar esse “desequilíbrio”.

Se nosso objetivo é garantir que as pessoas desfrutem das mesmas oportunidades, não podemos deixar de considerar as diferenças individuais.

Quando a sociedade caracteriza as mulheres como frágeis, meigas, choronas, está limitando melhores oportunidades e impondo desigualdades. As estatísticas confirmam essa posição desigual. Do ponto de vista econômico, as mulheres são mais pobres que os homens e, considerando as dimensões étnicas e raciais, as mulheres negras, não só recebem menos que os homens, como também menos que as mulheres brancas, tendo ainda menos acesso à propriedade da terra.

Nos espaços rurais, as mulheres têm um papel fundamental nos sistemas alimentares, representando, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas, cerca de 40% da força de trabalho agrícola nos países em desenvolvimento. No entanto, elas não têm poder semelhante ao dos homens, além de ter uma renda inferior, menos de 20% das áreas de plantação são propriedades de mulheres.

É preciso transformar a sociedade para que todos e todas tenham o mesmo acesso a ferramentas, conhecimento e oportunidades.

VOCÊ SABIA?

Feminismo é uma filosofia de vida e um movimento social que reivindica a equidade de direitos e oportunidades entre mulheres e homens. Há muitas vertentes do feminismo (negro, marxista, ecofeminismo, interseccional, liberal, anarquista, entre outros) essas frentes representam a diversidade das realidades das mulheres ao redor do mundo e, a partir do aprofundamento, podemos encontrar o que mais representa você.

Empatia é a capacidade psicológica de sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, ou seja, colocar-se no lugar do outro. Está intimamente ligada ao altruísmo – amor e interesse pelo próximo – e à capacidade de ajudar.

Patriarcado é a base do debate sobre machismo, ele caracteriza um padrão de sociedade que dita como homens e mulheres devem ser e se comportar. No patriarcado, há uma visão de que quem está “no controle” são os homens.  O patriarcalismo, com o tempo, desenvolveu privilégios masculinos e permitiu que o machismo surgisse.

Empoderamento feminino é o ato de conceder o poder de participação social às mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos, como a total igualdade entre os gêneros. O empoderamento feminino busca o direito das mulheres de poderem participar de debates públicos e tomar decisões que sejam importantes para o futuro da sociedade, principalmente nos aspectos que estão relacionados com a mulher. Além de promover a consciência de que a mulher é dona do seu próprio corpo, do seu desejo e das suas escolhas.

Sororidade tem como essência a união entre as mulheres. Sororidade é sobre empatia, solidariedade, companheirismo e respeito entre as mulheres. Defende a ideia de que juntas somos mais fortes e que precisamos umas das outras para buscarmos a liberdade e os direitos que reivindicamos. A sororidade nos ensina que o apoio entre mulheres é necessário mesmo que elas vivam em realidades diferentes (urbanas, rurais, periurbanas, negras, brancas…). Conseguir acolher e se sensibilizar com as dificuldades e os desafios é o caminho para exercer o cuidado mútuo.

Autonomia e liberdade

Estudar ou não; formar-se nisso ou naquilo; manter-se agricultora; ter participação política no sindicato e nos movimentos; coordenar um grupo ou núcleo da Rede Ecovida; querer e lutar pela titularidade da terra; produzir de forma agroecológica… se para os homens estas podem ser simples escolhas de vida, para as mulheres, cada opinião declarada, cada decisão, representa um marco na luta por autonomia e liberdade.

Afinal, ao longo da história, essas decisões sobre os rumos de suas próprias vidas foram constantemente negadas. A ideia do patriarcado é que os homens sejam considerados a referência, com poder de decisão sobre a vida das mulheres e os rumos da família, desta forma, definindo também as regras sociais.

Para o feminismo, autonomia e liberdade são sempre duas ideias que andam juntas. Para uma mulher agir com autonomia, ela precisa ser livre para pensar por si mesma e pensar em si. Ela precisa estar liberta das imposições da sociedade, que determinam o que deve fazer e como se comportar.

Lutar pela autonomia e liberdade das mulheres significa defendermos que as decisões sobre os rumos de suas vidas sejam tomadas por elas próprias, decidindo por sua própria avaliação, o que é melhor fazer a cada situação que a vida apresenta.

A Campanha pela Equidade de Gênero é desenvolvida pelo CETAP em parceria com a Rede Terra do Futuro (Framtidsjorden). Você pode acessar o panfleto da campanha no link abaixo:


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