12º Encontro Ampliado da Rede Ecovida destaca protagonismo popular e práticas agroecológicas

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12º Encontro Ampliado da Rede Ecovida destaca protagonismo popular e práticas agroecológicas

De 3 a 5 de novembro o CETAP esteve presente no 12° Encontro Ampliado da Rede Ecovida de Agroecologia (12º EARE), que teve como tema “agroecologia e democracia – protagonismo popular e práticas agroecológicas: respeitando vidas e promovendo agrobiodiversidade”. A atividade aconteceu na Escola de Agroecologia Milton Santos, em Maringá-PR.

A equipe do CETAP, que faz a assessoria técnica aos grupos dos núcleos Planalto e Alto Uruguai da Rede Ecovida no estado gaúcho, ajudou na mobilização de agricultoras e agricultores assessorados, além de parceiros da rede nestas regiões. O encontro tem o objetivo de alinhar, fortalecer e encaminhar compreensões e diretivas sobre os rumos da agroecologia para a rede do sul do país e seus associados, sendo realizado a cada dois anos. Após ser suspenso no período da pandemia, o EARE foi retomado neste ano.

Na mesa de abertura do primeiro dia foi destacado o tema “feminismo e democracia na agroecologia”, com questões como a invisibilidade do trabalho da mulher, violência de gênero, autonomia financeira e reconhecimento e valorização da participação da mulher na construção da agroecologia. As professoras Rita de Cassia Machado, da Universidade do Estado do Amazonas e Laeticia Medeiros Jalil, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, salientaram que a consolidação da agroecologia depende da transformação, ademais dos ecossistemas produtivos, também das relações sociais.

No segundo dia, aconteceram os seminários e oficinas, direcionando os participantes para temas específicos. Os seminários tiveram como temas: manejo ecológico do solo, com a professora Irene Cardoso da Universidade Federal de Viçosa (MG); sementes e mudas, trazendo a ideia de redes para superar os desafios da produção orgânica com sementes crioulas e mudas agroecológicas; democratização do Estado e políticas públicas, discutindo os desafios e possibilidades na elaboração de políticas que contemplem a realidade dos produtores agroecológicos; e defesa das comunidades tradicionais, discutindo a importância da participação desses sujeitos nos espaços de elaboração de diretivas que contemplem suas especificidades.

Na parte da tarde houve mais de 30 oficinas sobre os mais variados temas, desde aspectos técnicos da produção, tecnologias sociais, saúde, alimentação, estratégias organizativas, grupos específicos, comercialização, etc. O CETAP promoveu duas oficinas: sobre abelhas nativas sem ferrão e sobre juventude na agroecologia.

Além disso, houve de forma permanente durante o encontro a feira de Sabores e Saberes, onde mudas, sementes, alimentos e outros produtos dos agricultores agroecológicos foram comercializados em bancas, além da distribuição de materiais informativos e institucionais.

Da plenária final, no último dia, saíram alguns encaminhamentos e pactos para amadurecer nos grupos de trabalhos da Rede Ecovida. A carta final será compartilhada em breve. Na ocasião, também foi divulgado o local do próximo EARE, em 2024, que será sediado pelo Núcleo Missões, na cidade de Santa Rosa, Rio Grande do Sul.


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