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21ª Fresol acontece em novembro

A Feira acontece de 07 a 10 de novembro de 2024 e traz como novidade o lançamento de saboaria e cosméticos a partir das espécies e frutas nativas do RS

Consolidada como a maior feira de economia solidária do norte gaúcho, a 21ª edição da Fresol – Feira de Economia Popular Solidária, foi lançada à imprensa no dia 30 de setembro, em parceria com o Hub Aliança Empresarial. O encontro reuniu organizadores, parceiros, imprensa e convidados.

Além da tradicional Mostra da Biodiversidade, o evento agrega, novamente, a 2ª Edição da Feira de Economia Criativa – integrando valores econômicos com valores culturais. Neste ano a Fresol terá um incremento de 20% no número de expositores, chegando a 120 empreendedores.

Evento sustentável, a Fresol terá como tema “A Economia Solidária como Estratégia de Reconstrução e Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande Do Sul”. O coordenador da Feira e do Fórum Estadual da Economia Solidária, Ademar Marques, salientou a importância da temática “reconstrução”, já que a Feira vai oportunizar a participação de 40 empreendimentos que foram afetados com as enchentes das regiões do Vale dos Sinos, Metropolitana e Porto Alegre.

“A Fresol, além do escopo tradicional, vem com muitas novidades, como o lançamento de produtos à base das frutas nativas, a arena da sustentabilidade e rodadas de negócios. Porém, este ano, ela chega com uma missão maior, contribuir com a retomada do processo produtivo e de comercialização de 40 empreendimentos que sofreram perdas com as enchentes no estado”, informou.

A Feira, enquanto espaço estratégico de economia solidária, vai apoiar os expositores na retomada de seus negócios e na reconstrução e desenvolvimento sustentável do Estado.

Marques também destacou o Desfile de Moda Criativa e Sustentável, evento que abre oficialmente a Feira. “Este ano, a coleção está sendo desenvolvida pela estilista Andrea Madke, numa parceria com o Hub Aliança Empresarial”, explicou. As peças serão confeccionadas com algodão agroecológico produzido pela Justa Trama, empreendimento da economia solidária com sede em Porto Alegre.

O coordenador do Cetap – Centro de Tecnologias Alternativas Populares, Edson Klein, comentou a importância da Fresol no incremento da economia solidária, destacando a agroecologia e os produtos desenvolvidos, através da cadeia das frutas nativas que terão seu lançamento na feira.

Nos quatro dias do evento, a Fresol vai proporcionar experiências únicas aos visitantes. Os expositores estarão mostrando e comercializando produtos agroecológicos e orgânicos, artesanato e arte sustentável, lançamento de linha de saboaria e cosméticos à base de frutas nativas, biotecnologia, fitoterápicos e fitogenéricos, moda criativa, espaço gourmet com gastronomia raiz, espaço arena da sustentabilidade, exposição de plantas bioativas e rodadas de negócios.

A Fresol acontece de 7 a 10 de novembro, no horário das 10h às 22h de quinta-feira à sábado e das 10h às 21h no domingo, no Bourbon Shopping, em Passo Fundo/RS.

Serviço:
Feira de Economia Popular Solidária – FRESOL
Feira da Economia Criativa – FEC
Data: 7 a 10 de novembro de 2024
Horário: das 10h às 22h de quinta-feira à sábado e das 10h às 21h no domingo
Local: Bourbon Shopping em Passo Fundo/RS

Fotos: Divulgação Fresol


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Agricultores de Montenegro debatem agroecologia e a parceria com a Fundação Banco do Brasil

Agricultores da Estação Montenegro do Circuito de Comercialização de Alimentos Agroecológicos se reuniram no dia 18 de setembro com representantes da Fundação Banco do Brasil (FBB) e a coordenação do projeto de parceria entre a FBB e a Ecoterra (Associação Regional de Cooperação e Agroecologia). O objetivo do encontro foi discutir o andamento do projeto, que visa fortalecer as dinâmicas de produção e comercialização de alimentos agroecológicos no sul do Brasil.

Atualizações sobre o projeto e novos equipamentos

Na primeira parte do encontro, o coordenador do Projeto Circuito de Produtos Agroecológicos do Brasil, que é integrante da equipe técnica do CETAP e foi indicado pela ECOTERRA, gestora do projeto, fez uma contextualização geral, abordando o envolvimento das seis estações de produção e comercialização e das três estações exclusivamente de comercialização do Circuito. Essas estações estão distribuídas entre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

O foco da conversa foi a utilização dos novos equipamentos adquiridos para as estações. Para Montenegro, que tem como carro-chefe a produção de frutas cítricas, um trator adaptado para fruticultura será um recurso importante e tem chegada prevista já no mês de outubro.

Perspectivas e desafios para o futuro da produção

Durante a tarde, os representantes da Fundação Banco do Brasil dialogaram com os agricultores sobre o apoio ao Circuito de Alimentos Agroecológicos e as expectativas para o futuro da parceria. A conversa ressaltou o papel estratégico do projeto na dinamização da agroecologia, da produção sustentável e do acesso à alimentos de qualidade.

Os participantes destacaram que o uso dos novos equipamentos reduzirá significativamente o esforço físico no campo, o que é visto como fundamental para incentivar que mais jovens permaneçam na agricultura familiar, tornando a atividade mais moderna e atrativa.

Os representantes da FBB aproveitaram a oportunidade para aplicar um questionário como parte do processo de monitoramento do projeto. A coleta de informações visa garantir que as ações implementadas nas estações estejam alinhadas com as necessidades dos agricultores e contribuam para o fortalecimento da agroecologia na região.


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Estação Caxias do Sul do Circuito de Alimentos Agroecológicos recebe representantes da Fundação Banco do Brasil

A Estação Caxias do Sul do Circuito de Comercialização de Alimentos Agroecológicos recebeu a visita de representantes da Fundação Banco do Brasil (FBB), no dia 16 de setembro. O encontro, que ocorreu em Caxias do Sul/RS, reuniu famílias agricultoras da estação, a coordenação do projeto de estruturação do Circuito de Produtos Agroecológicos e representantes da Fundação Banco do Brasil, entidade financiadora da iniciativa.

Planejamento monitoramento e diálogo com a Fundação Banco do Brasil

Durante a manhã, os agricultores participaram de uma reunião de trabalho com a coordenação do projeto, que trouxe atualizações sobre o andamento das ações em diferentes estações do circuito. Também foram discutidos detalhes sobre a utilização dos novos equipamentos adquiridos por meio do projeto, como a embaladora automática de bandejas destinada à Estação Caxias do Sul. O equipamento, projetado para processar legumes, hortaliças e frutas, é visto como um passo importante para otimizar a comercialização dos produtos da estação.

No período da tarde, os representantes da Fundação Banco do Brasil se uniram às atividades. Além de monitorar o andamento do projeto, eles puderam conhecer de perto o impacto do investimento na estação e ouvir diretamente dos agricultores as expectativas e planos para o futuro. Também foi realizada uma demonstração da nova embaladora, que já está em funcionamento e promete aumentar a capacidade de produção para atender com maior eficiência os mercados consumidores.

Mais famílias poderão ser beneficiadas

A ampliação da capacidade de embalagens é vista pelos agricultores como uma oportunidade de aumentar a produção, o que pode resultar na inclusão de mais famílias no circuito agroecológico. Durante a visita, os agricultores também expressaram sua satisfação pelo reconhecimento e apoio da FBB, destacando o papel fundamental da Fundação na promoção da agroecologia e no fortalecimento da comercialização de alimentos saudáveis e sustentáveis.

Além das conversas e visitas, os representantes da Fundação Banco do Brasil aplicaram um questionário como parte do processo de monitoria do projeto, iniciado nesta fase. Esse monitoramento tem como objetivo garantir o bom uso dos recursos e a eficiência das ações realizadas em cada estação do circuito.

A parceria entre a FBB e a ECOTERRA, contando com a assessoria técnica do CETAP, busca fortalecer o Circuito de Comercialização de Alimentos Agroecológicos, que atua na produção, beneficiamento e comercialização de alimentos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, gerando impactos positivos na vida das famílias agricultoras e oferecendo alimentos de qualidade para as populações urbanas.


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Festa do Dia do Agricultor em Erval Grande debate futuro da agricultura familiar e a produção de alimentos

A Festa do Dia do Agricultor e da Agricultora reuniu em torno de 300 pessoas na sede da comunidade Vilanova, em Erval Grande/RS, no dia 27 de julho. Além de comemorar o dia do agricultor, a atividade teve como objetivo proporcionar um momento de formação, abordando a importância da organização da agricultura familiar e o desenvolvimento da agroecologia.

Inicialmente o coletivo de mulheres do SUTRAF conduziu uma mística, refletindo sobre a importância das sementes e a resistência, organização e afirmação da agricultura familiar. Em seguida iniciou o seminário com o tema “O futuro da agricultura familiar e a produção de alimentos”.

O seminário foi dividido em três blocos. O primeiro abordou a importância da organicidade e coletivo dos agricultores, através do associativismo e do cooperativismo, com a fala do extensionista da EMATER/RS, Cleunir Paris. O segundo tema foi abordado por Ulisses Pereira de Mello, professor da UFFS Campus Erechim, sobre a emergência climática e a agroecologia como alternativa e forma de mitigação dos efeitos climáticos. Emelson Bonamigo dos Santos, integrante da equipe técnica do CETAP, fez a fala final do seminário, abordando a agroecologia em Erval Grande e trazendo o tema da certificação orgânica e projetos que estão contribuindo para a promoção da sociobiodiversidade nativa.

A atividade que reuniu as famílias agricultoras foi organizada pelo SUTRAF de Erval Grande, CAPA, CETAP, EMATER, Prefeitura municipal de Erval Grande e CRESOL. Durante o dia também aconteceu uma feira de sementes e produtos da agricultura familiar, para trocas e comercialização. Esta foi a segunda edição da festa do agricultor que tem o caráter também de ser um espaço formativo e de afirmação da agricultura familiar.


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Mutirão para plantio de árvores nativas no Sítio Renascer em Caseiros

Uma atividade de plantio de árvores nativas no Sítio Renascer Espaço Terapêutico, em Caseiros/RS, envolveu 25 pessoas, entre alunos e professoras do 3° e 4° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Marechal Rondon, de Muliterno, e também sete usuários da APAE. A atividade, que aconteceu no dia 4 de julho, faz parte do projeto de restauração ambiental e proteção de nascentes, desenvolvido pelo CETAP em parceria com a SEMA, com apoio da RGE.

A agricultora Lucimara, responsável pelo sítio, concilia neste espaço seu trabalho como terapeuta integrativa das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). Ali ela atende a rede municipal escolar do município de Muliterno, a APAE e grupos de mulheres. O projeto de recuperação das nascentes que existem no sítio inclui o cercamento para proteger a fonte dos animais, o plantio de árvores nativas e a capina seletiva do ambiente.

Nesta atividade aconteceu um diálogo sobre o ciclo da água e a essencialidade da proteção e recuperação de nascentes, principalmente na atualidade, e sua conexão com a preservação da floresta nativa. Foi feito o plantio de árvores no raio cercado ao entorno da nascente, sendo algumas mudas produzidas na própria propriedade. Algumas das variedades plantadas foram: chorão, cedro, jabuticaba, guajuvira e cereja. As atividades no sítio são permanentes, em breve os participantes irão plantar mais e produzir outras mudas também. Será feito outro mutirão de plantio numa segunda nascente existente no sítio.


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Oficina para produção de biofertilizantes em Quinze de Novembro

A equipe técnica do CETAP realizou uma oficina, no dia 3 de julho, para produção dos biofertilizantes Supermagro e Microorganismos Eficientes no sítio da família Richter, no interior de Quinze de Novembro/RS. A atividade reuniu agricultores e agricultoras dos municípios de Tapera e Quinze de Novembro, na região norte gaúcha.

A atividade teve como objetivo preparar junto com as agricultoras e agricultores esses dois biofertilizantes que podem ser utilizados para diversos fins na produção de alimentos, tendo baixo custo, facilidade de preparo e ótimos resultados na saúde das plantas e do solo. Na produção agroecológica, busca-se encontrar o equilíbrio do ambiente, com o intuito de, aos poucos, tornar o ecossistema saudável e forte o suficiente para nutrir os cultivos sem dependência de insumos externos.

Inicialmente foi feita a primeira etapa do Supermagro, que consiste na mistura de um kit de sais minerais com esterco de vaca fresco, água sem cloro e agentes fermentadores, como o leite e o melado. Após isso, a mistura será alimentada a cada três dias com estes ingredientes, observando o processo de fermentação. Por ser um processo vivo, o tempo para que o Supermagro fique pronto pode variar, sendo em média de um mês.

Na sequência, foram realizadas as etapas do preparo dos Microrganismos Eficientes, conhecidos como “EM”, por um processo de fermentação anaeróbica. Primeiramente é feita uma “armadilha” com base de carboidrato, nesse caso foi utilizado o arroz branco, para capturar diversos microrganismos existentes em áreas de mata. Esses microrganismos colonizam o arroz e se apresentam através de fungos de diferentes cores.

As iscas foram instaladas na mata, cobrindo-as com serra pilheira e ali ficarão por 10 dias. Quanto mais colorido estiver o arroz após esse tempo, maior a diversidade de microrganismos no ambiente. Estes serão levados a um processo de fermentação com água sem cloro e melado para depois, assim como o Supermagro, serem aplicados nas plantas e solos mediante diluição em água. Nesse processo, são descartados os que se apresentam nas cores escuras, como cinza, marrom e preto. Na ocasião foi feita também a segunda parte do processo com uma isca que a família havia instalado há uma semana e já tinha a presença de alguns microrganismos de diferentes cores, assim, os presentes puderam acompanhar o processo completo da produção. A proposta é que as famílias possam produzir estes biofertilizantes em suas propriedades e compartilhar com os demais agricultores os resultados, servindo como incentivo para o aumento da produção agroecológica nestes municípios.


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Formação sobre interpretação de análise e manejo ecológico de solo

O CETAP promoveu, no dia 26 de junho, na sede da entidade, em Passo Fundo/RS, um dia de formação para a equipe técnica sobre análise de solo e interpretação dos resultados. A atividade contou com a participação de sete integrantes da equipe, representando as regiões dos Campos de Cima da Serra, Planalto, Altos da Serra e Alto Uruguai.

A oficina foi conduzida por Tiago Fedrizzi e Amanda Guedes, ambos da equipe do CETAP da região dos Campos de Cima da Serra. A atividade começou com uma demonstração prática de coleta de amostras de solo na área do CETAP. Durante a demonstração, foram explicadas as diferentes ferramentas de coleta e os detalhes imprescindíveis para garantir a precisão dos resultados.

Na sequência, a oficina seguiu de forma expositiva dialogada, permitindo a troca de conhecimentos entre os participantes. A equipe teve a oportunidade de discutir questões do dia a dia de campo e realizar na prática duas análises de solo de agricultores acompanhados pelo CETAP. A leitura correta das análises de solo é essencial para a tomada de decisões que visem a correção do solo através da calagem e reposição de matéria orgânica. Essas ações são sempre consorciadas a uma compreensão de manejo mais ecológico do solo, objetivando a redução gradual do uso de insumos ao longo do tempo.

O objetivo foi aprofundar a compreensão da equipe técnica sobre as diferentes abordagens e possibilidades de recomendações para as famílias assessoradas. A análise de solo, que vem sendo realizada nas propriedades das famílias beneficiadas pelo projeto de cooperação com a Fundação Interamericana (IAF), é muito importante para melhorar a funcionalidade do agroecossistema e aumentar a produtividade das culturas desejadas. Esses dados ajudam na tomada de decisões das famílias que também participam do desenvolvimento do aplicativo de gestão LiteFarm, processo desenvolvido por um conjunto de organizações sul-americanas, com o apoio técnico da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC).


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Assembleia geral da Ecoterra elege nova coordenação e debate sobre produção e comercialização

A Assembleia Geral Ordinária da Associação Ecoterra reuniu 70 pessoas, representantes das famílias agricultoras que produzem de forma agroecológica e são associadas à Ecoterra e ao Circuito de Circulação e Comercialização de Produtos Agroecológicos da Região Sul do Brasil, além de integrantes do CETAP, responsável pela assessoria técnica da associação. A atividade aconteceu no dia 22 de junho, na Comunidade Linha Vaca Morta, em Três Arroios/RS, local onde a associação começou.

Na pauta da assembleia esteve o debate sobre a possibilidade de um projeto de parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB), buscando a destinação de recursos para fortalecer as estratégias de produção e comercialização do Circuito. Foi feito ainda o debate sobre a atualização do quadro associativo e a eleição da nova Coordenação e Conselho Fiscal, para o período 2024 – 2026.

Inicialmente foram feitos alguns informes sobre a atual dinâmica do Circuito e as possibilidades de avanços, especialmente a partir das rodadas de negociações feitas em Brasília/DF, no estado de Santa Catarina e em Porto Alegre/RS, a partir do ano de 2023. Também foi debatido sobre a disparada dos preços dos produtos convencionais.

A possibilidade de parceria com a FBB foi aprovada, bem como a autorização para a Ecoterra fazer a gestão desse recurso em nível nacional, envolvendo outras 10 estações que compõem o Circuito. Como prioridade de investimentos na dinâmica do Circuito estão melhorias na infraestrutura de produção, seleção, logística e comercialização, com o objetivo de fomentar a produção de grãos, diminuindo a onerosidade dos trabalhos para os agricultores associados e agilizando a circulação dos alimentos.

Após os informes, foi debatida e aprovada a atualização do quadro associativo da entidade, onde algumas agricultoras e agricultores solicitaram a saída ou a inclusão entre os associados. Após, foi feita a discussão e eleição da nova Coordenação Geral e Conselho Fiscal, que já tomaram posse no mesmo ato. A atividade encerrou com um almoço, onde foi servido um churrasco preparado na comunidade, seguido de jogo de bocha e um momento de descontração e integração entre os associados.


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Cuidado com a saúde e impactos das chuvas na produção agroecológica

Temas foram debatidos na Plenária do Núcleo Planalto RS da Rede Ecovida de Agroecologia

A plenária do Núcleo Planalto RS da Rede Ecovida de Agroecologia, realizada dia 16 de junho, em Passo Fundo/RS, reuniu 70 pessoas, representantes dos grupos de agroecologia da região. Foi um dia de formação e encaminhamentos sobre a organização do núcleo. Neste momento tão desafiador para a população do Rio Grande do Sul, o encontro iniciou com uma mística que motivou a pensar sobre a importância da união, da diversidade e da força que o coletivo possui para superar ameaças e dificuldades, fazendo um paralelo entre nossas vidas e a biodiversidade das florestas.

Durante a manhã, com a assessoria de Doriana Gozzi Miotto, foi abordado o tema do autocuidado e das Práticas Integrativas e Complementares. Doriana é técnica da Emater-RS e trabalha com diferentes tipos de terapias. Ela falou sobre o uso da homeopatia, aromaterapia, óleos essenciais, entre outros temas. “As plantas medicinais ajudam a cuidar das pessoas há muitos anos, unindo tradição e ciência. No Brasil, registros da época da chegada dos primeiros médicos portugueses já descreviam produtos medicinais utilizados pelos índios. A Política Nacional das PICS – Práticas Integrativas e Complementares, completou 18 anos, buscando promover a saúde de forma ampla e integral, considerando aspectos físicos, mentais, emocionais, espirituais e sociais”, explicou Doriana.

Entre as sugestões para praticar o autocuidado emocional estão uma boa noite de sono, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a prática regular de atividades físicas, o autoconhecimento, a inteligência emocional, o cuidado dos seus relacionamentos, eliminando a positividade tóxica e evitando excesso de redes sociais. Também foi conversado sobre a necessidade de saber dizer não para algumas coisas que não conseguimos dar conta, aprendendo a respeitar nossos limites, de forma consciente e com compreensão sobre nossas motivações e razões para isso. O fechamento desta temática foi com um exercício sobre a importância de se observar e se conhecer, sabendo quando é necessário pedir ajuda, sendo grato pelo que recebemos de bom, buscando e renovando nossos sonhos e conhecendo nossas fortalezas.

Na sequência foi apresentada a Campanha “Semeando Saúde: Agroecologia e Alimentação Solidária”, promovida pelo Projeto Consumidores e Agricultores em Rede, que une quatro organizações do sul do Brasil: AS-PTA, Centro Vianei, Cepagro e CETAP. Buscando oferecer uma resposta coletiva a problemas coletivos, o projeto criou redes de apoio para estimular a produção agroecológica, garantir o abastecimento das populações urbanas com alimentos saudáveis e combater a fome. Ao longo dos últimos anos, o projeto que conta com o apoio da Misereor, desenvolveu várias ações para o fortalecimento das relações entre consumidores e agricultores na região sul.

A campanha, neste momento tão emblemático para os gaúchos, reforça a necessidade de redes de articulação entre as famílias agricultoras e a população que reside nas áreas urbanas, como forma de fortalecer a agroecologia e combater a fome. Além da sua importância na mitigação dos efeitos da crise climática, tão vivenciados neste último período, a produção agroecológica vem desempenhando um papel muito relevante no abastecimento de alimentos de qualidade para a população brasileira. Fruto deste projeto e de outros que se interligam a partir do trabalho das organizações promotoras da campanha, foram viabilizadas diversas doações de alimentos para cozinhas solidárias e famílias em situação de alta vulnerabilidade social. Muitos destes alimentos foram adquiridos de agricultores agroecologistas integrantes da Rede Ecovida.

Após o almoço preparado pelo grupo de mulheres Flor de Pitanga incluindo diversos produtos da biodiversidade nativa, foram feitos alguns encaminhamentos sobre a organização do núcleo e também foram apresentados novos integrantes que passaram a fazer parte da Rede Ecovida de Agroecologia. Outro ponto importante debatido foi um levantamento e troca de informações sobre os impactos das mudanças do clima na produção agroecológica da região.

Depois de um período de severa estiagem nos últimos anos, as fortes chuvas no último período afetaram drasticamente a produção das famílias do núcleo, principalmente no que se refere a produção de hortaliças. Houve perda de mudas pela falta de sol, apodrecimento de produção devido à chuva e umidade, e perda de solo por erosão, mesmo em ambientes protegidos com cobertura vegetal. Além disso, tivemos famílias com suas estruturas de produção atingidas, como estufas e reservatórios de água.

Também foi relatado que a baixa produção não diz respeito apenas ao último mês, sendo que a grande quantidade de chuvas nos últimos meses acarretou problemas em culturas anuais como feijão e milho, por exemplo, havendo muita perda por dificuldade de manejo e colheita. Muitas redes de comercialização na região de Porto Alegre/RS também sofreram impactos, repercutindo no escoamento da produção. Ademais, foi destacada a necessidade de apoio da sociedade e de políticas públicas governamentais que deem suporte à agricultura familiar agroecológica.


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Seminário promove discussão sobre manejo do solo e produção agroecológica em Erval Grande

No dia 29 de maio, na comunidade de Caruzo, localizada no município de Erval Grande/RS, aconteceu um seminário voltado ao manejo ecológico do solo e à produção agroecológica. Organizado pelo Sindicato Unificado dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (SUTRAF), Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), o evento reuniu agricultores familiares da região, interessados em discutir práticas sustentáveis e a produção de alimentos saudáveis.

O seminário envolveu famílias agricultoras dispostas a se engajar em diálogos sobre a transição para a agroecologia e a sustentabilidade dos agroecossistemas. Os principais tópicos abordados incluíram a importância do manejo ecológico do solo por meio da adoção de técnicas conservacionistas e a relevância da produção biodiversa de alimentos saudáveis. A iniciativa também buscou proporcionar um momento de formação e capacitação, fortalecendo o conhecimento e as práticas agroecológicas entre os participantes.

Durante o evento, foram mapeadas famílias que, no próximo período, receberão visitas para uma melhor compreensão de suas realidades, visando o avanço na produção agroecológica. Além disso, estão agendadas oficinas temáticas que terão como foco a transição agroecológica, oferecendo aos agricultores ferramentas e conhecimentos para a adoção de práticas mais sustentáveis.

Atividade busca incentivar a produção agroecológica na região

A agroecologia representa um conjunto de valores e princípios que reconhecem e respeitam todas as formas de vida e o meio ambiente, se tornando mais que uma escolha como forma saudável de produção de alimentos, mas uma necessidade para garantir sustentabilidade, justiça social, soberania e segurança alimentar, além de ajudar na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Este seminário integra as ações da Campanha “Semeando Saúde: Agroecologia e Alimentação Solidária”, promovida pelo Projeto Consumidores e Agricultores em Rede, que une quatro organizações do sul do Brasil: AS-PTA, Centro Vianei, Cepagro e CETAP. Buscando oferecer uma resposta coletiva a problemas coletivos, o projeto criou redes de apoio para estimular a produção agroecológica, garantir o abastecimento das populações urbanas com alimentos saudáveis e combater a fome.


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