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Mutirão para plantio de árvores nativas no Sítio Renascer em Caseiros

Uma atividade de plantio de árvores nativas no Sítio Renascer Espaço Terapêutico, em Caseiros/RS, envolveu 25 pessoas, entre alunos e professoras do 3° e 4° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Marechal Rondon, de Muliterno, e também sete usuários da APAE. A atividade, que aconteceu no dia 4 de julho, faz parte do projeto de restauração ambiental e proteção de nascentes, desenvolvido pelo CETAP em parceria com a SEMA, com apoio da RGE.

A agricultora Lucimara, responsável pelo sítio, concilia neste espaço seu trabalho como terapeuta integrativa das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). Ali ela atende a rede municipal escolar do município de Muliterno, a APAE e grupos de mulheres. O projeto de recuperação das nascentes que existem no sítio inclui o cercamento para proteger a fonte dos animais, o plantio de árvores nativas e a capina seletiva do ambiente.

Nesta atividade aconteceu um diálogo sobre o ciclo da água e a essencialidade da proteção e recuperação de nascentes, principalmente na atualidade, e sua conexão com a preservação da floresta nativa. Foi feito o plantio de árvores no raio cercado ao entorno da nascente, sendo algumas mudas produzidas na própria propriedade. Algumas das variedades plantadas foram: chorão, cedro, jabuticaba, guajuvira e cereja. As atividades no sítio são permanentes, em breve os participantes irão plantar mais e produzir outras mudas também. Será feito outro mutirão de plantio numa segunda nascente existente no sítio.


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Oficina para produção de biofertilizantes em Quinze de Novembro

A equipe técnica do CETAP realizou uma oficina, no dia 3 de julho, para produção dos biofertilizantes Supermagro e Microorganismos Eficientes no sítio da família Richter, no interior de Quinze de Novembro/RS. A atividade reuniu agricultores e agricultoras dos municípios de Tapera e Quinze de Novembro, na região norte gaúcha.

A atividade teve como objetivo preparar junto com as agricultoras e agricultores esses dois biofertilizantes que podem ser utilizados para diversos fins na produção de alimentos, tendo baixo custo, facilidade de preparo e ótimos resultados na saúde das plantas e do solo. Na produção agroecológica, busca-se encontrar o equilíbrio do ambiente, com o intuito de, aos poucos, tornar o ecossistema saudável e forte o suficiente para nutrir os cultivos sem dependência de insumos externos.

Inicialmente foi feita a primeira etapa do Supermagro, que consiste na mistura de um kit de sais minerais com esterco de vaca fresco, água sem cloro e agentes fermentadores, como o leite e o melado. Após isso, a mistura será alimentada a cada três dias com estes ingredientes, observando o processo de fermentação. Por ser um processo vivo, o tempo para que o Supermagro fique pronto pode variar, sendo em média de um mês.

Na sequência, foram realizadas as etapas do preparo dos Microrganismos Eficientes, conhecidos como “EM”, por um processo de fermentação anaeróbica. Primeiramente é feita uma “armadilha” com base de carboidrato, nesse caso foi utilizado o arroz branco, para capturar diversos microrganismos existentes em áreas de mata. Esses microrganismos colonizam o arroz e se apresentam através de fungos de diferentes cores.

As iscas foram instaladas na mata, cobrindo-as com serra pilheira e ali ficarão por 10 dias. Quanto mais colorido estiver o arroz após esse tempo, maior a diversidade de microrganismos no ambiente. Estes serão levados a um processo de fermentação com água sem cloro e melado para depois, assim como o Supermagro, serem aplicados nas plantas e solos mediante diluição em água. Nesse processo, são descartados os que se apresentam nas cores escuras, como cinza, marrom e preto. Na ocasião foi feita também a segunda parte do processo com uma isca que a família havia instalado há uma semana e já tinha a presença de alguns microrganismos de diferentes cores, assim, os presentes puderam acompanhar o processo completo da produção. A proposta é que as famílias possam produzir estes biofertilizantes em suas propriedades e compartilhar com os demais agricultores os resultados, servindo como incentivo para o aumento da produção agroecológica nestes municípios.


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Formação sobre interpretação de análise e manejo ecológico de solo

O CETAP promoveu, no dia 26 de junho, na sede da entidade, em Passo Fundo/RS, um dia de formação para a equipe técnica sobre análise de solo e interpretação dos resultados. A atividade contou com a participação de sete integrantes da equipe, representando as regiões dos Campos de Cima da Serra, Planalto, Altos da Serra e Alto Uruguai.

A oficina foi conduzida por Tiago Fedrizzi e Amanda Guedes, ambos da equipe do CETAP da região dos Campos de Cima da Serra. A atividade começou com uma demonstração prática de coleta de amostras de solo na área do CETAP. Durante a demonstração, foram explicadas as diferentes ferramentas de coleta e os detalhes imprescindíveis para garantir a precisão dos resultados.

Na sequência, a oficina seguiu de forma expositiva dialogada, permitindo a troca de conhecimentos entre os participantes. A equipe teve a oportunidade de discutir questões do dia a dia de campo e realizar na prática duas análises de solo de agricultores acompanhados pelo CETAP. A leitura correta das análises de solo é essencial para a tomada de decisões que visem a correção do solo através da calagem e reposição de matéria orgânica. Essas ações são sempre consorciadas a uma compreensão de manejo mais ecológico do solo, objetivando a redução gradual do uso de insumos ao longo do tempo.

O objetivo foi aprofundar a compreensão da equipe técnica sobre as diferentes abordagens e possibilidades de recomendações para as famílias assessoradas. A análise de solo, que vem sendo realizada nas propriedades das famílias beneficiadas pelo projeto de cooperação com a Fundação Interamericana (IAF), é muito importante para melhorar a funcionalidade do agroecossistema e aumentar a produtividade das culturas desejadas. Esses dados ajudam na tomada de decisões das famílias que também participam do desenvolvimento do aplicativo de gestão LiteFarm, processo desenvolvido por um conjunto de organizações sul-americanas, com o apoio técnico da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC).


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Assembleia geral da Ecoterra elege nova coordenação e debate sobre produção e comercialização

A Assembleia Geral Ordinária da Associação Ecoterra reuniu 70 pessoas, representantes das famílias agricultoras que produzem de forma agroecológica e são associadas à Ecoterra e ao Circuito de Circulação e Comercialização de Produtos Agroecológicos da Região Sul do Brasil, além de integrantes do CETAP, responsável pela assessoria técnica da associação. A atividade aconteceu no dia 22 de junho, na Comunidade Linha Vaca Morta, em Três Arroios/RS, local onde a associação começou.

Na pauta da assembleia esteve o debate sobre a possibilidade de um projeto de parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB), buscando a destinação de recursos para fortalecer as estratégias de produção e comercialização do Circuito. Foi feito ainda o debate sobre a atualização do quadro associativo e a eleição da nova Coordenação e Conselho Fiscal, para o período 2024 – 2026.

Inicialmente foram feitos alguns informes sobre a atual dinâmica do Circuito e as possibilidades de avanços, especialmente a partir das rodadas de negociações feitas em Brasília/DF, no estado de Santa Catarina e em Porto Alegre/RS, a partir do ano de 2023. Também foi debatido sobre a disparada dos preços dos produtos convencionais.

A possibilidade de parceria com a FBB foi aprovada, bem como a autorização para a Ecoterra fazer a gestão desse recurso em nível nacional, envolvendo outras 10 estações que compõem o Circuito. Como prioridade de investimentos na dinâmica do Circuito estão melhorias na infraestrutura de produção, seleção, logística e comercialização, com o objetivo de fomentar a produção de grãos, diminuindo a onerosidade dos trabalhos para os agricultores associados e agilizando a circulação dos alimentos.

Após os informes, foi debatida e aprovada a atualização do quadro associativo da entidade, onde algumas agricultoras e agricultores solicitaram a saída ou a inclusão entre os associados. Após, foi feita a discussão e eleição da nova Coordenação Geral e Conselho Fiscal, que já tomaram posse no mesmo ato. A atividade encerrou com um almoço, onde foi servido um churrasco preparado na comunidade, seguido de jogo de bocha e um momento de descontração e integração entre os associados.


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Cuidado com a saúde e impactos das chuvas na produção agroecológica

Temas foram debatidos na Plenária do Núcleo Planalto RS da Rede Ecovida de Agroecologia

A plenária do Núcleo Planalto RS da Rede Ecovida de Agroecologia, realizada dia 16 de junho, em Passo Fundo/RS, reuniu 70 pessoas, representantes dos grupos de agroecologia da região. Foi um dia de formação e encaminhamentos sobre a organização do núcleo. Neste momento tão desafiador para a população do Rio Grande do Sul, o encontro iniciou com uma mística que motivou a pensar sobre a importância da união, da diversidade e da força que o coletivo possui para superar ameaças e dificuldades, fazendo um paralelo entre nossas vidas e a biodiversidade das florestas.

Durante a manhã, com a assessoria de Doriana Gozzi Miotto, foi abordado o tema do autocuidado e das Práticas Integrativas e Complementares. Doriana é técnica da Emater-RS e trabalha com diferentes tipos de terapias. Ela falou sobre o uso da homeopatia, aromaterapia, óleos essenciais, entre outros temas. “As plantas medicinais ajudam a cuidar das pessoas há muitos anos, unindo tradição e ciência. No Brasil, registros da época da chegada dos primeiros médicos portugueses já descreviam produtos medicinais utilizados pelos índios. A Política Nacional das PICS – Práticas Integrativas e Complementares, completou 18 anos, buscando promover a saúde de forma ampla e integral, considerando aspectos físicos, mentais, emocionais, espirituais e sociais”, explicou Doriana.

Entre as sugestões para praticar o autocuidado emocional estão uma boa noite de sono, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a prática regular de atividades físicas, o autoconhecimento, a inteligência emocional, o cuidado dos seus relacionamentos, eliminando a positividade tóxica e evitando excesso de redes sociais. Também foi conversado sobre a necessidade de saber dizer não para algumas coisas que não conseguimos dar conta, aprendendo a respeitar nossos limites, de forma consciente e com compreensão sobre nossas motivações e razões para isso. O fechamento desta temática foi com um exercício sobre a importância de se observar e se conhecer, sabendo quando é necessário pedir ajuda, sendo grato pelo que recebemos de bom, buscando e renovando nossos sonhos e conhecendo nossas fortalezas.

Na sequência foi apresentada a Campanha “Semeando Saúde: Agroecologia e Alimentação Solidária”, promovida pelo Projeto Consumidores e Agricultores em Rede, que une quatro organizações do sul do Brasil: AS-PTA, Centro Vianei, Cepagro e CETAP. Buscando oferecer uma resposta coletiva a problemas coletivos, o projeto criou redes de apoio para estimular a produção agroecológica, garantir o abastecimento das populações urbanas com alimentos saudáveis e combater a fome. Ao longo dos últimos anos, o projeto que conta com o apoio da Misereor, desenvolveu várias ações para o fortalecimento das relações entre consumidores e agricultores na região sul.

A campanha, neste momento tão emblemático para os gaúchos, reforça a necessidade de redes de articulação entre as famílias agricultoras e a população que reside nas áreas urbanas, como forma de fortalecer a agroecologia e combater a fome. Além da sua importância na mitigação dos efeitos da crise climática, tão vivenciados neste último período, a produção agroecológica vem desempenhando um papel muito relevante no abastecimento de alimentos de qualidade para a população brasileira. Fruto deste projeto e de outros que se interligam a partir do trabalho das organizações promotoras da campanha, foram viabilizadas diversas doações de alimentos para cozinhas solidárias e famílias em situação de alta vulnerabilidade social. Muitos destes alimentos foram adquiridos de agricultores agroecologistas integrantes da Rede Ecovida.

Após o almoço preparado pelo grupo de mulheres Flor de Pitanga incluindo diversos produtos da biodiversidade nativa, foram feitos alguns encaminhamentos sobre a organização do núcleo e também foram apresentados novos integrantes que passaram a fazer parte da Rede Ecovida de Agroecologia. Outro ponto importante debatido foi um levantamento e troca de informações sobre os impactos das mudanças do clima na produção agroecológica da região.

Depois de um período de severa estiagem nos últimos anos, as fortes chuvas no último período afetaram drasticamente a produção das famílias do núcleo, principalmente no que se refere a produção de hortaliças. Houve perda de mudas pela falta de sol, apodrecimento de produção devido à chuva e umidade, e perda de solo por erosão, mesmo em ambientes protegidos com cobertura vegetal. Além disso, tivemos famílias com suas estruturas de produção atingidas, como estufas e reservatórios de água.

Também foi relatado que a baixa produção não diz respeito apenas ao último mês, sendo que a grande quantidade de chuvas nos últimos meses acarretou problemas em culturas anuais como feijão e milho, por exemplo, havendo muita perda por dificuldade de manejo e colheita. Muitas redes de comercialização na região de Porto Alegre/RS também sofreram impactos, repercutindo no escoamento da produção. Ademais, foi destacada a necessidade de apoio da sociedade e de políticas públicas governamentais que deem suporte à agricultura familiar agroecológica.


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Seminário promove discussão sobre manejo do solo e produção agroecológica em Erval Grande

No dia 29 de maio, na comunidade de Caruzo, localizada no município de Erval Grande/RS, aconteceu um seminário voltado ao manejo ecológico do solo e à produção agroecológica. Organizado pelo Sindicato Unificado dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (SUTRAF), Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), o evento reuniu agricultores familiares da região, interessados em discutir práticas sustentáveis e a produção de alimentos saudáveis.

O seminário envolveu famílias agricultoras dispostas a se engajar em diálogos sobre a transição para a agroecologia e a sustentabilidade dos agroecossistemas. Os principais tópicos abordados incluíram a importância do manejo ecológico do solo por meio da adoção de técnicas conservacionistas e a relevância da produção biodiversa de alimentos saudáveis. A iniciativa também buscou proporcionar um momento de formação e capacitação, fortalecendo o conhecimento e as práticas agroecológicas entre os participantes.

Durante o evento, foram mapeadas famílias que, no próximo período, receberão visitas para uma melhor compreensão de suas realidades, visando o avanço na produção agroecológica. Além disso, estão agendadas oficinas temáticas que terão como foco a transição agroecológica, oferecendo aos agricultores ferramentas e conhecimentos para a adoção de práticas mais sustentáveis.

Atividade busca incentivar a produção agroecológica na região

A agroecologia representa um conjunto de valores e princípios que reconhecem e respeitam todas as formas de vida e o meio ambiente, se tornando mais que uma escolha como forma saudável de produção de alimentos, mas uma necessidade para garantir sustentabilidade, justiça social, soberania e segurança alimentar, além de ajudar na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Este seminário integra as ações da Campanha “Semeando Saúde: Agroecologia e Alimentação Solidária”, promovida pelo Projeto Consumidores e Agricultores em Rede, que une quatro organizações do sul do Brasil: AS-PTA, Centro Vianei, Cepagro e CETAP. Buscando oferecer uma resposta coletiva a problemas coletivos, o projeto criou redes de apoio para estimular a produção agroecológica, garantir o abastecimento das populações urbanas com alimentos saudáveis e combater a fome.


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Dia Mundial do Meio Ambiente 2024

O dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente e neste ano traz o slogan “Nossa terra, nosso futuro. Nós somos a #GeraçãoRestauração”. Para ajudar a chamar a atenção sobre a urgência do tema das mudanças climáticas e seus impactos na vida das pessoas e de todo o planeta, o CETAP desenvolve a campanha “Emergência Climática, precisamos agir agora!”.

A tragédia climática no Rio Grande do Sul trouxe sofrimento para milhares de famílias, sobretudo as mais pobres, que vivem em condições precárias de moradia e são sempre as principais vítimas das catástrofes climáticas. Quando protegemos as nascentes, os rios, as florestas, a nossa rica biodiversidade, estamos, na verdade, protegendo e cuidando das pessoas.

O CETAP atua na promoção e valorização de ações e práticas junto à famílias agricultoras que produzem alimentos de forma agroecológica, sem agredir a natureza, como também realiza ações no espaço urbano, buscando a cooperação entre estes campos. As práticas de manejo e as ações de restauração ecológica buscam a preservação do ambiente e seus recursos naturais, garantindo a proteção da sociobiodiversidade local.

Alterações climáticas em diversos ciclos ecológicos, em especial o ciclo do carbono, ou como é popularmente conhecido, o aquecimento global, devem ganhar cada vez mais a nossa atenção. A promoção de um sistema alimentar de base agroecológica, desde a produção, passando pelo processamento, até as dinâmicas de comercialização, mais que uma possibilidade, tornou-se uma necessidade, frente aos desafios globais que vivemos.


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Produto orgânico: justo e sustentável

A Semana do Alimento Orgânico, que acontece no período de 24 de maio a 01 de junho de 2024, tem como tema “Produto Orgânico: Melhor para a Vida”. Esta é uma campanha nacional, promovida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, que já está na sua 20ª Edição, e pretende divulgar aos consumidores o papel da produção agroecológica no enfrentamento dos grandes desafios da atualidade: o combate à fome, a mitigação das emergências climáticas e a ampliação da oferta de alimentos que promovam a saúde da população.

O slogan escolhido para a campanha neste ano é “Produto orgânico: justo e sustentável” e busca estimular o debate sobre o que consideramos como um alimento justo. Produzir de forma agroecológica significa muito mais que deixar de utilizar insumos químicos e agrotóxicos, mas também estabelecer relações justas de trabalho e integrar a produção com o meio ambiente, favorecendo a recuperação e valorização da sociobiodiversidade e produzindo alimentos mais saudáveis, capazes de garantir nossa segurança alimentar.

Este modelo de produção também é justo por estimular a relação direta entre produtores e consumidores, através das Feiras Ecológicas e de outras dinâmicas de comercialização que garantem o abastecimento das cidades. Esta integração favorece o controle social sobre a produção orgânica e estimula relações de confiança, comprometendo toda a cadeia produtiva e de consumo. Isso também fortalece a organização das famílias agricultoras e possibilita o acesso a políticas públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Esta semana busca, a cada ano, ampliar a percepção dos consumidores sobre a importância da produção agroecológica, sendo um momento de também valorizar as famílias produtoras e aquelas que estão em transição agroecológica, estimulando para que mais pessoas se envolvam neste processo. Além de abordar os benefícios ambientais, sociais e nutricionais desses alimentos, precisamos avançar no processo de conscientização sobre a importância do consumo responsável para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.


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Alimentos e equipamentos para cozinhas solidárias, água e kits de higiene são doados para atingidos pelas enchentes no RS

Na quinta-feira, dia 16 de maio, o CETAP coordenou a primeira entrega de doações da Campanha de apoio aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, promovida pela Rede Ecovida de Agroecologia e a Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas do RS. Foram adquiridas e doadas 10 toneladas de alimentos, água, produtos de higiene e limpeza, colchões, cobertas, travesseiros, além de equipamentos e utensílios de infraestrutura básica para duas cozinhas solidárias que preparam marmitas para os desabrigados em Lageado e Porto Alegre.

Um dos desafios foi a gestão logística para efetuar o carregamento dos produtos e a entrega nas regiões afetadas. O caminhão iniciou o carregamento em Três Arroios, no pavilhão da Associação Ecoterra, no extremo norte gaúcho. Depois foram adicionados produtos que estavam armazenados na sede do CETAP, em Passo Fundo e seguiu-se viagem para a cidade de Lageado/RS, no Vale do Taquari. Na sequência, foram usadas estradas alternativas para carregar mais produtos e levar até a capital gaúcha, numa longa e complicada viagem.

Em Lageado, as doações foram entregues na cozinha solidária organizada pelo MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens). Além de alimentos, foram entregues água e equipamentos necessários para o início da produção das marmitas, como freezer e gerador de energia. Com isso, em conjunto com a cozinha solidária de Estrela/RS e os espaços organizados nos municípios de Roca Sales e Arroio do Meio, a expectativa é entregar 5 mil marmitas por dia.

Na continuidade do caminho para a capital, foram carregados 3.200 quilos de arroz orgânico, adquiridos das cooperativas de produção do MST. Os alimentos, itens de higiene pessoal e equipamentos para melhorar a estrutura montada, como panelas e freezer, foram entregues na cozinha solidária do Bairro Azenha, que funciona no Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre e atende em média 2.000 pessoas diariamente.

Os produtos foram adquiridos através de um projeto de parceria com a Fundação Banco do Brasil, que beneficiará aproximadamente 1.200 famílias, nos municípios de Arroio do Meio, Roca Sales, São Leopoldo, Canoas, Caxias do Sul, Lajeado e Porto Alegre, abrangendo 4.000 pessoas que foram afetadas pelas enchentes. Além de alimentos para a produção das marmitas, como arroz, feijão, carne, aipim, batata… os recursos repassados pela Fundação BB também possibilitam equipar melhor as cozinhas e distribuir kits de higiene, com escova e creme dental, sabão, absorvente, fraldas, entre outros. Nos próximos dias serão feitas novas entregas.


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Campanha de apoio às comunidades atingidas pela catástrofe ambiental no RS

O Rio Grande do Sul está enfrentando um momento muito difícil, ocasionado por eventos climáticos que causaram uma enchente histórica e devastadora. Milhares de famílias estão desabrigadas e sem água, comida e serviços básicos. São mais de 400 municípios afetados e um número superior a 160 mil pessoas desalojadas de suas casas.

É neste contexto de grande impacto em toda a sociedade gaúcha, que a Cadeia Produtiva Solidária das Frutas Nativas do RS (CPSFN) e a Rede Ecovida de Agroecologia estão organizando uma campanha de apoio às pessoas e comunidade atingidas pelas enchentes. As duas organizações são historicamente reconhecidas pelos relevantes trabalhos desenvolvidos nas áreas da conservação ambiental, da produção de alimentos e de novas dinâmicas econômicas, baseadas na agroecologia e na economia solidária.

Este momento tão desafiador exige nossa ação e a união de forças para superar tantos desafios. Neste sentido, esta campanha busca arrecadar fundos a serem investidos em duas grandes frentes:

1°. Ações emergenciais:

Visando a compra e distribuição de itens para alimentação, água, higiene pessoal, limpeza, colchões e cobertores, com a finalidade de dar suporte às necessidades deste momento, especialmente para as famílias mais vulneráveis, que perderam tudo. Estes itens serão destinados aos espaços organizados por outras organizações da sociedade civil, que vêm atuando diretamente em frentes como abrigos e cozinhas comunitárias.

2°. Ações de restruturação e reorganização da vida das pessoas:

Visando a compra e distribuição de materiais e equipamentos que contribuam na reorganização da vida das pessoas em suas moradias, propriedades rurais e nos empreendimentos urbanos de geração de emprego e renda.

Gestão dos recursos

A gestão dos recursos recebidos será feita pelo CETAP (Centro de Tecnologias Alternativas Populares) – entidade filantrópica e membro da CPSFN e da Rede Ecovida – que será responsável pela administração dos recursos e realização da prestação de contas junto a doadores e financiadores.

A definição sobre a aplicação dos recursos arrecadados será de responsabilidade dos membros da coordenação estadual da CPSFN e da Rede Ecovida. Serão emitidos relatórios quinzenais sobre as arrecadações e destinação das mesmas.

Formas de contribuição

Temos duas formas para arrecadar as contribuições: por doação de valores para a conta bancária específica da campanha e através de projetos específicos para esse fim, executados em parceria com empresas, organizações de cooperação e instituições públicas.

>> Doação de pessoas físicas – através da chave PIX enchentes@cetap.org.br

>> Doações de pessoas jurídicas – através da chave PIX enchentes@cetap.org.br ou depósito na conta da campanha. Para cada doação será emitido um recibo pela entidade responsável pela gestão dos recursos (CETAP).

>> Projetos de parceria com empresas, organizações de cooperação e instituições públicas – estas organizações podem solicitar a apresentação de projetos com prazo de execução, valores e lista de itens para compra, definidos previamente entre as partes.


Conta bancária da campanha:
Banco do Brasil
Agência: 0092-2
Conta: 40.537-x

Para doações internacionais
Iban: BR8700000000000920000405370C1
Código Swift: BRASBRRJCTA

QR Code para PIX

* Foto da sede do município de Barra do Rio Azul, na região Alto Uruguai do RS, que ficou alagada no início de Maio/2024.


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